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7 sinais de que você comprou o notebook errado


A sensação é universal e frustrante: você investe em um notebook novo, esperando agilidade e eficiência, mas se depara com lentidão e uma série de problemas que transformam a experiência em um exercício de paciência. Muitos culpam a marca ou assumem que o aparelho é “ruim”, mas a verdade costuma ser mais sutil. Problemas como travamentos ou bateria que não dura raramente indicam que o notebook é de baixa qualidade; em vez disso, são sintomas de um desalinhamento entre as especificações da máquina e as suas necessidades reais.
O mercado de notebooks é vasto por um motivo: cada aparelho é projetado para atender a um perfil específico de usuário. Um designer que edita vídeos em 4K tem demandas diferentes de um estudante que usa o aparelho para anotações, e a falha em reconhecer essa distinção é a principal causa de insatisfação. Esta lista do TechTudo foi elaborada para ajudá-lo a diagnosticar os sinais de que sua escolha pode não ter sido a ideal. Ao entender a origem técnica de cada frustração, você estará preparado para fazer uma compra muito mais informada no futuro.
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Cada perfil de uso exige uma configuração diferente de notebook
Divulgação/HP
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Sinais de alerta na sua compra:
A seguir, você confere situações comuns que podem te deixar frustrado com seu notebook, e quais são as soluções mais simples
O aparelho já ficou lento
Você ainda não aprendeu como mexer direito
Nunca sabe onde estão seus arquivos
A bateria acaba no meio do expediente
Notebook esquenta se eu abro muita coisa ao mesmo tempo
Editar um vídeo parece a coisa mais difícil do mundo
Precisa conectar um cartão SD, mas não tem entrada
1. O aparelho já ficou lento
É uma das experiências mais desanimadoras: o notebook, recém-saído da caixa, já parece cansado. A inicialização do sistema se arrasta, clicar em um programa dá início a uma longa espera e alternar entre abas do navegador causa engasgos. Tarefas que deveriam ser instantâneas fazem o sistema “penar”, a produtividade despenca e a frustração de ter um aparelho novo que se comporta como um antigo se instaura no dia a dia.
Na grande maioria dos casos, o principal culpado pela lentidão generalizada é a escolha de um notebook equipado com um disco rígido mecânico (HD ou HDD) em vez de uma unidade de estado sólido (SSD). O HD funciona com discos que giram e um braço mecânico que se move para encontrar os dados, um processo lento. O SSD, por outro lado, usa memória flash sem partes móveis, com acesso quase instantâneo. Um SSD pode ser, no mínimo, 10 vezes mais rápido que um HD tradicional, o que impacta diretamente na agilidade de todo o sistema.
A recomendação para evitar a lentidão é categórica: sempre opte por um notebook com SSD. Mesmo que a capacidade de armazenamento seja menor pelo mesmo preço de um HD, o ganho de desempenho justifica o investimento. Para a maioria dos usuários, um processador Intel Core i5 ou AMD Ryzen 5 combinado a um SSD já garante um equilíbrio perfeito entre custo e benefício, oferecendo desempenho de sobra para navegação, trabalhos de escritório, estudos e multitarefa moderada.
Um SSD pode resolver muito dos problemas de lentidão no notebook
Divulgação/Kingston
2. Você ainda não aprendeu como mexer direito
Comprar uma nova máquina pode ser muito frustrante, principalmente quando a produtividade não decola e você sente que está sempre lutando contra o sistema. Atalhos de teclado que eram automáticos não funcionam e, o pior, na hora de digitar, o “ç” não aparece ou os acentos estão em locais diferentes. Cada parágrafo se torna um exercício de correção, e a digitação, que deveria ser fluida, torna-se lenta e frustrante.
Essa dificuldade geralmente nasce de duas escolhas negligenciadas. A primeira é uma mudança de Sistema Operacional (SO) sem preparação, como sair do Windows para o macOS. A lógica de navegação e os atalhos são diferentes, exigindo uma curva de aprendizado. O segundo erro, mais comum, é a compra de um notebook com o padrão de teclado errado, geralmente o internacional (ANSI), que não possui a tecla “Ç” e tem uma disposição de acentos diferente do padrão brasileiro ABNT2.
A solução está em prestar atenção aos detalhes da interface antes da compra. Uma escolha mais segura é permanecer no Sistema Operacional com o qual você já tem familiaridade. Para o teclado, a verificação é visual e inegociável: antes de comprar, procure pela tecla “Ç” e pela tecla “AltGr” à direita da barra de espaço. A presença delas confirma que o teclado está no padrão ABNT2, garantindo uma experiência de digitação intuitiva e sem frustrações.
Macbook conta com uma experiência de usabilidade diferente de um notebook com Windows
Jonathan Kemper/Unsplash
3. Nunca sabe onde estão seus arquivos
Você acaba de salvar um documento importante, mas, minutos depois, não faz ideia de onde ele foi parar. A estrutura de pastas do sistema parece confusa e a ferramenta de busca nem sempre retorna o resultado esperado. A sensação é de uma constante desorganização digital, onde gerenciar arquivos se torna uma tarefa contra-intuitiva e demorada, simplesmente porque a lógica do sistema não se alinha com a sua.
Este problema raramente significa que um sistema é inerentemente desorganizado. Ele é, na verdade, um sintoma de um choque entre o seu modelo mental de organização e a filosofia de gerenciamento de arquivos do sistema operacional. O Windows, com o File Explorer, é tradicionalmente focado em uma estrutura hierárquica de pastas e drives (C:), onde o usuário tem controle total para criar e mover arquivos. Já o macOS, com o Finder, encoraja uma abordagem mais fluida, baseada em metadados e buscas poderosas com o Spotlight, onde a localização exata do arquivo é menos importante que a capacidade de encontrá-lo rapidamente.
A escolha correta depende de um alinhamento com seu estilo pessoal. Se você é metódico e gosta de ter controle absoluto sobre a estrutura de pastas, a abordagem do Windows provavelmente será mais natural. Se você prefere não se preocupar com a localização exata de um arquivo e confia mais em buscas por palavras-chave e na organização visual com tags coloridas, a filosofia do macOS pode se mostrar mais poderosa e eficiente para o seu fluxo de trabalho.
O sistema operacional Windows pode ser mais familiar para a maioria dos usuários
Reprodução/Unsplash/Windows
4. A bateria acaba no meio do expediente
O notebook é novo, mas a liberdade que ele deveria proporcionar é minada pela necessidade constante de estar perto de uma tomada. Ele não sobrevive a uma manhã de aulas ou a um dia de reuniões, e você se vê obrigado a carregar o adaptador de energia para todos os lugares. A “ansiedade da tomada” se instala no meio de uma tarefa crucial, transformando a portabilidade do aparelho em uma ilusão.
A decepção com a autonomia geralmente decorre de uma falha em avaliar especificações cruciais na hora da compra. Entre os erros principais, ignorar a capacidade da bateria, medida em Watts-hora (Wh) — quanto maior o número, melhor. Outro erro é escolher componentes de alta performance, como um processador potente ou uma placa de vídeo dedicada, para tarefas que não os exigem, já que eles consomem muito mais energia e drenam a bateria rapidamente. Além disso, a falta de carregamento rápido via USB-C também agrava o problema.
Para garantir uma boa experiência longe da tomada, procure por notebooks com baterias de pelo menos 50Wh para um dia de trabalho leve. Se a autonomia é sua prioridade máxima, escolha um modelo com processador de baixo consumo (série “U”) e gráficos integrados. Por fim, priorize notebooks que suportem o protocolo USB Power Delivery (PD), e permitem obter várias horas de uso com poucos minutos de carga, além de poder usar carregadores universais e power banks.
Um notebook “com fio” é um sintoma muito presente em modelos que não cumprem o esperado
Paulo Alves/TechTudo
5. Notebook esquenta se eu abro muita coisa ao mesmo tempo
Durante o uso, especialmente com vários programas abertos, o notebook pode começar a esquentar, e chega a ponto de ficar desconfortável ao toque, com as ventoinhas disparam em velocidade máxima. O mais frustrante é a consequência: após alguns minutos, o desempenho cai vertiginosamente. O que era rápido se torna lento, com travamentos. Este fenômeno é o thermal throttling, um mecanismo de autoproteção do hardware para evitar danos por calor.
A causa raiz é uma escolha de compra que ignorou a física do resfriamento. O erro pode ter sido escolher um notebook com um sistema de resfriamento subdimensionado, comum em modelos ultrafinos que abrigam processadores potentes, mas não têm espaço para uma ventilação adequada. Outra causa comum é um processador com poucos núcleos e threads (como um Intel Core i3), que é levado ao seu limite de 100% muito rapidamente em multitarefa, gerando uma quantidade de calor que o sistema não consegue dissipar.
Usar o notebook no colo pode ser uma tarefa incomoda a depender do seu nível de aquecimento
Reprodução/Amazon
O desempenho de um notebook não é medido apenas pela sua velocidade máxima, mas pelo desempenho que ele consegue sustentar sob carga. Para tarefas que exigem alto desempenho contínuo, a escolha correta é um notebook com sistema de resfriamento mais robusto (ventoinhas duplas, múltiplas saídas de ar). Para multitarefa pesada, a escolha certa é um processador com mais núcleos, como os da linha Intel Core i7 ou AMD Ryzen 7, que gerenciam múltiplas cargas de forma mais eficiente sem atingir temperaturas críticas.
6. Editar um vídeo parece a coisa mais difícil do mundo
Outro problema grave, principalmente para quem trabalha com isso, é quando a tentativa de editar um vídeo, mesmo um projeto simples, transforma-se em um teste de resistência. A pré-visualização na timeline trava a cada poucos segundos, aplicar um efeito simples leva uma eternidade e a exportação do vídeo prevê horas de conclusão. A mesma frustração se aplica a outras tarefas visualmente intensas, como modelagem 3D ou rodar jogos modernos, que apresentam taxas de quadros baixíssimas.
O erro aqui é categórico: você comprou um notebook equipado apenas com gráficos integrados para realizar tarefas que exigem uma placa de vídeo dedicada (GPU). Uma GPU integrada, embutida no processador, é projetada para tarefas básicas, como exibir a área de trabalho e rodar vídeos. Softwares de edição e jogos delegam todo o trabalho pesado de processamento gráfico para a GPU. Sem uma, toda essa carga recai sobre a CPU, que não é otimizada para a tarefa, resultando no desempenho pífio.
Para qualquer atividade que envolva criação de conteúdo visual ou jogos, a presença de uma placa de vídeo dedicada não é um luxo, é um requisito obrigatório. A escolha correta seria sido um notebook com uma GPU NVIDIA GeForce ou AMD Radeon. Para edição de vídeos em 1080p, uma RTX 3050 ou 4050 já representa um salto gigantesco. Para projetos em 4K ou jogos com alta qualidade, o ideal é buscar por uma RTX 4060 ou superior, com no mínimo 6 GB a 8 GB de VRAM (memória de vídeo).
Edições de vídeo ou programas de arquitetura podem enfrentar problemas em notebooks não adequados
Divulgação/Apple
7. Precisa conectar um cartão SD, mas não tem entrada
O momento é clássico: você, um fotógrafo, precisa descarregar as fotos do seu cartão SD, mas descobre que seu notebook novo e elegante não tem um leitor de cartão. Ou você precisa fazer uma apresentação e percebe que seu aparelho só tem portas USB-C, enquanto o projetor exige HDMI. O resultado é uma dependência constante de um emaranhado de adaptadores e hubs que precisam ser carregados para todo lado, anulando a conveniência de ter um dispositivo portátil.
Essa frustração é um efeito colateral de priorizar o design minimalista em detrimento da funcionalidade prática das portas. Para alcançar designs ultrafinos, os fabricantes frequentemente sacrificam a variedade de conexões, eliminando portas como USB-A (a retangular tradicional), HDMI e o leitor de cartão SD, em favor de poucas portas USB-C multifuncionais. A falha do comprador foi não auditar suas necessidades de conectividade antes de se decidir pelo modelo.
Notebooks modernos não contam com entrada para cartão SD
Divulgação/Kingston
A solução mais eficaz é, antes da compra, fazer uma lista de todos os periféricos que você usa regularmente e verificar se o notebook possui as portas nativas necessárias. Para quem já comprou o notebook com conectividade limitada, a solução é investir em um hub USB-C de boa qualidade. Esses adaptadores se conectam a uma única porta do seu notebook e oferecem de volta todas as conexões que foram removidas: múltiplas portas USB-A, uma saída HDMI, leitores de cartão SD e até mesmo uma porta de rede Ethernet.
Com informações de CHOICE, Wired e Best Buy
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