Conhecendo László Krasznahorkai: 5 Obras Essenciais
O Prêmio Nobel de Literatura de 2025 foi concedido ao autor húngaro László Krasznahorkai, reconhecendo sua obra convincente e visionária que reafirma o poder da arte em meio ao terror apocalíptico. Com uma prosa sinuosa e quase sem pausas, Krasznahorkai se firmou como um dos grandes herdeiros da tradição centro-europeia de autores como Franz Kafka e Thomas Bernhard.
Sua escrita combina absurdo, misticismo e crítica social, abrindo-se ao Oriente em busca de um tom mais contemplativo e espiritual. Para quem deseja conhecer o universo desse “mestre do apocalipse”, selecionamos cinco obras essenciais que ilustram o alcance e a intensidade de sua ficção.
- Satantango (1985): Obra de estreia e marco de sua carreira, Satantango retrata um grupo de camponeses isolados em uma fazenda coletiva decadente, às vésperas do colapso do regime comunista.
- Melancolia da Resistência (1989): Uma alegoria sobre o vazio que sucede o comunismo, onde uma cidade dos Cárpatos é tomada por um circo fantasmagórico cuja principal atração é a carcaça de uma baleia.
- Háború és háború (1999): O livro acompanha um arquivista húngaro em busca de eternizar uma peça na internet, onde o real e o imaginário se entrelaçam, e o delírio torna-se revelação.
- Báró Wenckheim hazatér (2016): Um romance que retoma o cenário da província húngara com ironia aguda, onde o barão Wenckheim volta à Hungria para reencontrar um amor do passado, desencadeando um carnaval de desespero e grotesco.
- Herscht 07769: Florian Herscht Bach-regénye (2021): Ambientado na Alemanha contemporânea, o livro investiga a violência e a anarquia social à sombra da música de Johann Sebastian Bach, conjugando a brutalidade do presente com a beleza transcendental da arte.
Essas obras essenciais oferecem uma visão profunda do universo de Krasznahorkai, onde a arte e a literatura se entrelaçam para criar uma visão única e poderosa do mundo. Com sua prosa sinuosa e quase sem pausas, Krasznahorkai nos leva em uma jornada pelo terror apocalíptico, reafirmando o poder da arte em meio à destruição.
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