Revisão do Pedágio Free Flow em São Paulo

O pedágio free flow, implementado em São Paulo, tem enfrentado vários desafios desde seu início. A baixa adesão ao sistema e o grande número de multas por evasão aplicadas aos motoristas têm causado transtornos no estado.

O modelo de pedágio free flow promete fluidez no tráfego e cobrança eletrônica por distância percorrida, mas enfrentou problemas como falhas no cadastro de usuários e um grande volume de autuações. Isso levou o governo de São Paulo a rever a estratégia de expansão do sistema.

Motivos da Revisão

Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-SP), a decisão de retirar 12 trechos estaduais do cronograma de implantação do pedágio free flow se deve a dois pontos principais: a necessidade de atualizar os contratos de concessão, que ainda seguem regras pensadas para o pedágio tradicional, e o baixo número de motoristas cadastrados na nova plataforma digital.

Esses fatores reduziram a arrecadação projetada para o sistema, tornando necessário um ajuste na estratégia de expansão.

Mudanças no Cronograma

Algumas rodovias paulistas que já contavam com um cronograma de implantação tiveram o funcionamento dos pedágios free flow revogados. Isso inclui:

• Cinco pórticos na concessão Sorocabana, que foram mantidos apenas como pontos de monitoramento de tráfego, sem cobrança de tarifa.
• Dois equipamentos desativados na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega (SP-055), no litoral sul.
• Três pórticos previstos na região de Piracicaba que não sairão do papel nesta etapa.

O único ponto onde o modelo segue ativo é o trecho da Rio–Santos em Ubatuba, administrado pela Ecovias Litoral Norte, onde o valor da tarifa varia conforme o percurso.

Motoristas que utilizam esse trecho devem manter atenção ao registro da placa, pois veículos não cadastrados podem ter a cobrança gerada automaticamente ou receber multa por evasão.

Apesar da pausa em parte da implantação, o governo paulista afirma que o free flow continuará sendo o formato-padrão nas próximas concessões rodoviárias, com ajustes técnicos e regulatórios antes de uma nova fase de expansão.

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