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1 em cada 12 hospitais do mundo tem risco de paralisação por causas relacionadas ao clima

Mudanças Climáticas e Saúde: Um Desafio Global

O mundo está enfrentando um desafio sem precedentes: as mudanças climáticas estão afetando a saúde de milhões de pessoas em todo o planeta. De acordo com um relatório recente divulgado durante a COP30, mais de 540 mil pessoas morrem por ano devido ao calor extremo, e um em cada 12 hospitais no mundo corre risco de paralisação por causas relacionadas ao clima.

O Relatório Especial da COP30 “Saúde e Mudanças Climáticas: Implementando o Plano de Ação em Saúde de Belém” destaca a importância de ações imediatas e coordenadas para proteger a saúde em um planeta que aquece rapidamente. O documento apresenta evidências claras de que as mudanças climáticas já estão impactando diretamente os sistemas de saúde em todo o mundo.

Impactos das Mudanças Climáticas na Saúde

Entre 3,3 e 3,6 bilhões de pessoas vivem em áreas altamente vulneráveis às mudanças climáticas, e os hospitais enfrentam 41% mais risco de danos causados por eventos climáticos extremos do que em 1990. Além disso, o setor da saúde é responsável por cerca de 5% das emissões globais de gases de efeito estufa e precisa acelerar sua transição para sistemas de baixo carbono e resilientes ao clima.

Os principais impactos das mudanças climáticas na saúde incluem:

  • Aumento das mortes por calor extremo
  • Paralisação de hospitais e sistemas de saúde
  • Aumento dos riscos de doenças transmitidas por vetores, como a dengue e a malária
  • Aumento da frequência e intensidade de desastres naturais, como furacões e inundações

Plano de Ação em Saúde de Belém

O Plano de Ação em Saúde de Belém é um plano internacional de adaptação climática dedicado exclusivamente à saúde, que já conta com a adesão de mais de 80 países e instituições. O plano define três linhas de ação para fortalecer sistemas de saúde resilientes ao clima:

  • Vigilância e monitoramento focados no fortalecimento da vigilância integrada e informada pelo clima
  • Políticas baseadas em evidências, estratégias e capacitação para ampliar a capacidade de sistemas nacionais e locais de implementar soluções eficazes e equitativas
  • Inovação, produção e saúde digital que promovam a pesquisa, desenvolvimento e acesso a tecnologias que atendam às necessidades de diferentes populações

O relatório conclama os governos a integrar objetivos de saúde às Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e aos Planos Nacionais de Adaptação (NAPs), utilizar as economias geradas pela descarbonização para financiar a adaptação em saúde e capacitar profissionais, investir em infraestrutura resiliente, priorizando unidades de saúde e serviços essenciais, e empoderar comunidades e o conhecimento local na formulação das respostas que reflitam as realidades vivenciadas.

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