A Fuga de Aliados e a Prisão de Bolsonaro

A decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro de permanecer em prisão preventiva foi influenciada pela fuga de três de seus aliados mais próximos: Eduardo Bolsonaro, Alexandre Ramagem e Carla Zambelli. Esses parlamentares deixaram o Brasil nos últimos meses, o que levou os investigadores a crer que Bolsonaro poderia seguir o mesmo caminho.

De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, a sequência de eventos que envolveu a fuga dos três aliados tornou insustentável a manutenção da prisão domiciliar de Bolsonaro, que estava sendo monitorado apenas por uma tornozeleira eletrônica. Moraes considerou que os casos de Ramagem e Zambelli, que estavam em andamento de processos judiciais, não eram isolados, mas parte de uma estratégia recorrente de evasão do país.

O Caso de Cada Aliado

• Eduardo Bolsonaro: O deputado federal foi o único que não havia sido denunciado quando decidiu sair do país. Ele optou por se antecipar a possíveis medidas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes e se mudou para os Estados Unidos, onde atuou junto ao governo do país para impor sanções ao governo brasileiro e a ministros do Supremo Tribunal Federal.
• Alexandre Ramagem: O deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi condenado a 16 anos e um mês de prisão e estava proibido de deixar o país. No entanto, ele conseguiu cruzar a fronteira e chegar aos Estados Unidos, onde está morando em um condomínio de luxo na Flórida.
• Carla Zambelli: A deputada foi condenada por falsidade ideológica e adotou uma estratégia diferente para fugir do país. Ela inicialmente justificou a fuga para tratamento de saúde, mas posteriormente afirmou que, por ter cidadania italiana, não poderia ser extraditada. No entanto, ela foi presa na Itália após ter seu nome incluído na lista vermelha da Interpol a pedido do governo brasileiro.

A fuga desses aliados foi um dos fatores essenciais para justificar a prisão de Bolsonaro, que agora permanece em prisão preventiva. A decisão do ministro Alexandre de Moraes foi baseada na sequência de eventos que envolveu a fuga dos três aliados e na consideração de que Bolsonaro poderia seguir o mesmo caminho.

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