O WhatsApp baniu mais de 6,8 milhões de contas associadas a golpes virtuais nos seis primeiros meses deste ano. A informação foi divulgada nesta terça-feira (5), durante o anúncio de novos recursos de segurança que buscam proteger os usuários contra fraudes cada vez mais sofisticadas. Segundo a Meta, os perfis criminosos foram identificados de forma proativa, antes mesmo de entrarem em operação. Eles atuavam sob comando de centrais criminosas especializadas em fraudes que envolvem investimentos, criptomoedas e esquemas de pirâmide. Confira nas próximas linhas como funcionava o golpe.
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WhatsApp lançou recursos de segurança para tentar evitar contatos de golpistas
Mariana Saguias/TechTudo
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Muitos dos perfis banidos faziam parte de redes criminosas que funcionam com base em trabalho forçado, sobretudo no Sudeste Asiático. As quadrilhas executavam diferentes golpes simultâneos, e utilizavam diferentes plataformas para enganar as vítimas. De forma geral, o contato inicial ocorria por aplicativos de namoro, redes sociais ou SMS, migrando posteriormente para o mensageiro. Na plataforma, os golpistas direcionavam as vítimas para plataformas de pagamento ou carteiras de criptomoedas. Essa divisão de serviços tinha o objetivo de dificultar a detecção da fraude.
A Meta revelou que um desses esquemas usava o ChatGPT para escrever mensagens automáticas que incluíam um link para uma conversa no mensageiro. Essas orientações prometiam lucros por curtidas falsas no TikTok e atraíam vítimas para outros aplicativos, como o Telegram, onde as vítimas recebiam eram induzidas a fazer depósitos em contas frias. O golpe acontecia por meio de centrais criminosas localizadas no Camboja, e foi desmantelado em parceria com a OpenAI, mantenedora do ChatGPT.
WhatsApp vai mostrar informações de grupos para usuário quando ele for adicionado por estranhos
Reprodução/Meta
Para reforçar a segurança dentro do aplicativo, o WhatsApp anunciou novos recursos como o “Resumo de Segurança”, que será exibido quando o usuário for adicionado a um grupo por alguém fora da sua lista de contatos. A ferramenta mostra informações relevantes sobre o chat, como nome, data de criação e quantidade de membros, e permite sair da conversa sem precisar abri-la. Além disso, mantém as notificações silenciadas até que o proprietário da conta decida se permanecerá ou não e mostra dicas de segurança. A proposta é evitar que as pessoas sejam pegas de surpresa por tentativas de golpe disfarçadas de grupos inofensivos.
O WhatsApp também começou a testar abordagens que alertam os usuários ao iniciarem conversas com números desconhecidos, mostrando mais dados sobre a conta que iniciou o contato, possibilitando uma avaliação sobre aquela interação antes de trocar mensagens.
A empresa orienta que, antes de responder mensagens suspeitas ou incomuns, adote três atitudes simples: parar e pensar um pouco, questionar se aquela mensagem ou pedido faz sentido e verificar se a pessoa é um familiar ou amigo confiável. Caso esteja com dúvida, a recomendação é entrar em contato com a pessoa em outro ambiente, via ligação telefônica, por exemplo, para confirmar se aquela interação é verdadeira e se você deve continuar a conversa.
Com informações da Meta
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