Os cooktops de indução ganharam espaço nas cozinhas por unir design minimalista, rapidez no preparo e controle de temperatura preciso. Diferente dos modelos a gás, eles não aquecem o vidro diretamente, mas transferem energia magnética da base para o fundo da panela. O calor só acontece se houver contato com o material certo. Isso explica tanto a segurança quanto a eficiência — mas também o receio de quem nunca usou. Afinal, sem chama e com um painel cheio de símbolos, é comum achar que o funcionamento será complicado.
Na prática, porém, o uso é mais intuitivo do que parece. Com alguns ajustes simples, como escolher a panela certa e entender os níveis de potência, o processo se torna automático. Para te ajudar nessa adaptação, o TechTudo preparou um guia com dicas práticas para que você consiga tirar o melhor do fogão de indução desde a primeira vez. Confira!
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Divulgação/Midea
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Usar fogão de indução é difícil? Não com essas dicas!
O índice abaixo traz a ordem e os tópicos abordados neste artigo. A partir dele, você poderá ir para o assunto que mais lhe interessa:
Panelas compatíveis são essenciais
Observe o tamanho das zonas de indução
Ajuste a potência para cada preparo
Cuidado com altas temperaturas
Explore as funções do painel
Limpe alimentos derramados rapidamente
Não se preocupe com barulhos
Nada de panelas vazias
1. Panelas compatíveis são essenciais
O funcionamento do fogão de indução depende completamente da interação magnética entre a superfície e o fundo da panela. Ou seja, ele não aceita qualquer tipo de panela. Apenas panelas com base ferromagnética, como as de ferro fundido, aço inoxidável e aço carbono, são compatíveis com o aparelho.
Na dúvida, é possível fazer um teste simples: aproxime um ímã do fundo da panela. Se houver atração forte, é sinal de que ela funcionará bem no fogão de indução. Além disso, sempre que puder, opte por panelas com fundo grosso e uniforme. A espessura ideal varia entre 4 e 6 milímetros, o que garante aquecimento por igual em todos os pontos e ajuda a evitar superaquecimento.
2. Observe o tamanho das zonas de indução
Cada zona de indução possui dimensões específicas que determinam a eficiência do aquecimento. Panelas muito pequenas não conseguem ativar completamente o sistema magnético, resultando em cozimento irregular. Já utensílios grandes demais desperdiçam energia nas bordas que ficam fora da área de indução. Logo, o diâmetro ideal da panela deve coincidir com o tamanho da zona marcada na superfície do fogão.
Outra dica é durante o uso. Sempre coloque a panela no centro da zona de indução, pois o alinhamento correto maximiza a transferência de energia e evita aquecimentos desiguais. Muitos modelos possuem áreas expansíveis (também chamadas “zonas flexíveis”), que se adaptam a formatos maiores. Ainda assim, elas também exigem centralização da panela. Sem isso, o aparelho pode emitir alertas ou desligar sozinho por segurança.
Fogões de indução garantem a segurança ao mesmo tempo que são eficientes e preservam o calor
Reprodução/Mercado Livre
3. Ajuste a potência para cada preparo
O controle preciso da potência é uma das principais vantagens do fogão de indução. Nele, cada nível de potência cumpre — realmente! — seu papel. Entenda:
Potência alta (nível 8 ou 9) serve para ferver água ou selar carnes;
Para refogar ou cozinhar arroz, prefira níveis médios (5 ou 6);
Para manter aquecido, os níveis mais baixos já bastam;
Na dúvida, sempre comece por uma potência mais baixa e vá aumentando conforme necessário. Isso é importante porque o aquecimento por indução é mais rápido que o método tradicional, e pode pegar muitos cozinheiros desprevenidos com superaquecimento de óleo ou derramamento de leite fervido. Como lição de casa, anote as configurações que funcionaram bem para cada receita e crie um guia pessoal de referência.
O cooktop de indução pode ter função tubo e permitir pausar e retomar os preparos
Reprodução/Amazon
4. Cuidado com altas temperaturas
A potência máxima do fogão de indução deve ser usada com parcimônia e atenção redobrada, já que temperaturas extremas podem danificar panelas antiaderentes, carbonizar alimentos e até causar acidentes. Esse cuidado se torna ainda mais essencial quando se utilizam utensílios com revestimento antiaderente, já que esse tipo de material é especialmente sensível ao superaquecimento. Já no caso de teflon, a degradação começa a ocorrer em temperaturas acima de 260 °C, o que não só reduz a durabilidade da panela, como também libera gases tóxicos que representam riscos à saúde.
Também é importante evitar o choque térmico. Isto é: não coloque água fria em panela muito quente, nem posicione peças geladas direto no vidro recém-desligado. O choque térmico, especialmente em modelos de vidro ou vitrocerâmica, pode gerar trincas e rachaduras, comprometendo tanto a estética quanto a funcionalidade do fogão. Logo, o ideal é deixar o equipamento esfriar naturalmente antes de iniciar uma nova receita.
5. Explore as funções do painel
O painel digital é um diferencial prático dos fogões por indução. Mais do que ligar e desligar, ele concentra funções que automatizam o preparo e reduzem erros comuns. Ao entender esses recursos, o uso do aparelho se torna mais eficiente e seguro. Entre os principais comandos, vale destacar:
Timer programável: permite definir o tempo exato de cozimento. Ao final, o fogão desliga automaticamente, o que evita esquecimentos e perda de ponto;
Trava de segurança: bloqueia temporariamente o painel, impedindo toques acidentais;
Função pausa: suspende o aquecimento e mantém a configuração original, ideal para pequenas interrupções sem precisar desligar tudo;
Aquecimento progressivo: útil para derreter ingredientes delicados sem queimar;
Zona flexível: área de cozimento que pode ser combinada para acomodar panelas e recipientes maiores, ou para otimizar o uso de várias áreas de aquecimento com as mesmas configurações;
Função Boost: libera potência máxima do fogão por determinado tempo. Deve ser usado com cautela para evitar acidentes.
Funções do cooktop de indução
Divulgação/Philco
6. Limpe alimentos derramados rapidamente
Acidentes acontecem — e, no cooktop por indução, agir com calma e rapidez faz diferença. Alimentos que caem durante o preparo tendem a secar com o calor residual e, com o tempo, podem manchar ou grudar na superfície de vidro. Assim, ao notar algum derramamento, faça a limpeza na hora, desligando a zona afetada e removendo o excesso com papel toalha para que o resíduo não espalhe ou seque.
Depois que o vidro esfriar, a limpeza pode ser feita com mais segurança. Uma mistura simples de água morna com detergente neutro costuma ser suficiente. Em casos de sujeira seca, uma espátula de silicone pode ajudar. Evite, ao máximo, o impulso de usar palha de aço ou produtos abrasivos, pois eles podem deixar riscos permanentes e comprometer o brilho do vidro.
7. Não se preocupe com barulhos
O fogão de indução produz sons característicos que podem causar estranheza a quem está acostumado com a queima silenciosa do gás. Cliques, zumbidos suaves e ruídos eletrônicos fazem parte do funcionamento normal da tecnologia, resultantes da vibração do campo magnético. Esses sons podem variar conforme o tipo de panela, o nível de potência selecionado e a maneira como o peso está distribuído sobre a superfície.
Não ligue o cooktop de indução com panelas vazias: elas podem derreter!
Reprodução/Getty
Mesmo assim, é bom prestar atenção quando os ruídos forem muito altos ou diferentes do normal, como pancadas secas, estalos fortes ou vibração excessiva. Esses sinais geralmente indicam que a panela não é adequada ou está mal posicionada. Nessas situações, vale conferir se o utensílio está bem centralizado na zona de indução e se o fundo é totalmente plano. Além disso, panelas deformadas ou com sujeira acumulada também podem causar barulhos estranhos e atrapalhar o desempenho do fogão.
8. Nada de panelas vazias
A ideia de aquecer a panela antes de cozinhar pode até funcionar nos fogões tradicionais, mas no cooktop de indução é outra história. O aquecimento é tão rápido que deixar a panela vazia em potência alta pode ser um erro caro. Sem alimentos ou líquidos, a temperatura sobe em poucos segundos e pode deformar o fundo da panela, queimar o revestimento antiaderente ou até causar manchas permanentes no inox.
A saída é simples: nunca aqueça uma panela completamente vazia. Se for preparar algo com óleo, coloque uma fina camada antes de ligar o fogão. O calor vai se espalhar mais uniformemente e você ainda consegue identificar o ponto certo para cozinhar quando o óleo formar linhas onduladas. Se preferir evitar óleo, vale usar um pouco de água até evaporar. O importante é nunca deixar a zona ativa sem nada dentro da panela.
Com informações de Choice, Toms Guide e Borough Kitchen
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