A empresária Val Marchiori e seus filhos Eike e Victor Marchiori sofreram uma derrota na justiça em uma ação que moveram contra o assessor financeiro Emerson Santos por um empréstimo de R$ 3 milhões, além de emissão irregular de duplicatas, que configura estelionato. O caso foi julgado improcedente. As informações foram obtidas com exclusividade pelo colunista Daniel Nascimento do jornal O Dia.

Ainda de acordo com Nascimento, a família Marchiori tentou sustar protestos em cartório no valor de R$ 3 milhões e ainda realizaram uma cobrança de R$ 10 mil de indenização por danos morais para cada um, o que totaliza R$ 30 mil.

Nos autos do processo em questão, eles alegavam que nunca contrataram a empresa de assessoria de Emerson Santos e que, de acordo com a publicação, foram “surpreendidos” com os títulos protestados. Contudo, o juiz que ficou a frente do caso não aceitou tal argumentação.

Neste mesmo processo, Val Marchiori acusou Emerson Santos de estelionato e chegou a afirmar que ficou surpreendida em abril deste ano ao receber várias intimações de cartórios distintos para pagar dívida de prestação de serviços que totalizaram R$ 300 mil. Além disso, ela também afirmou que Emerson teria agido de má-fé, em uma tentativa de convencê-la a transferir pagamentos da comissão da Way Partners diretamente para ele, antes de distribuir intimações em nome dos filhos e da VME Participações LTDA.

Val Marchiori, segundo o colunista, abriu inquérito por estelionato, falsidade ideológica, extorsão e coação, alegando prejuízos à reputação, crédito e bem-estar emocional.

Na decisão do juiz, Emerson Santos teria comprovado o intermédio da operação de crédito junto ao Banco Galleria, com prints, conversas de WhatsApp, comprovantes bancários e áudios. Com o apoio da Way Partners, ocorreu a liberação de R$ 3 milhões para a empresa de Val Marchiori, a VME, onde o quadro societário incluem, também, seus filhos.

De acordo com a decisão judicial, a comissão pela intermediação, de 10% do valor líquido, teria sido combinada verbalmente com a própria Val Marchiori e é legal.

“A socialite e sua prole mudaram a versão dos fatos ao longo do processo, o que pesou contra eles. Primeiro negaram a existência de qualquer relação com Emerson Santos; depois, passaram a questionar a validade do contrato. Só que a documentação era clara e contundente: houve serviço, houve intermediação e houve pagamento parcial”, afirmou o colunista Daniel Nascimento.