A Motorola anunciou o Moto Watch Fit em maio de 2025, e o dispositivo chegou ao mercado como uma aposta da marca para quem procura um relógio com bom custo-benefício para acompanhar suas atividades físicas e monitorar a saúde. Nós testamos o wearable por alguns dias e contamos tudo sobre ele.
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Prós
- Design leve e confortável
- Tela OLED com bom nível de brilho
- Aplicativo único para configurações e consultas
- Bateria de longa duração
- Vários modos de rastreamento de atividade física
- Monitoramento de saúde preciso
Contras
- Poucas opções de watchfaces
- Pouca precisão para monitoramento de sono
Um smartwatch leve e confortável
O Moto Watch Fit tem um design com mostrador quadrado bem discreto, com apenas um botão em uma das laterais, que permite tanto o acesso ao menu principal quanto voltar para a tela inicial.
O relógio é bem confortável de usar e, mesmo durante a noite — para monitoramento do sono —, ele não causa nenhum incômodo. O vestível é extremamente leve, o que permite usá-lo o dia todo sem problemas.
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A pulseira de tecido é outro ponto forte do relógio e, mesmo durante caminhadas, corridas ou exercícios mais intensos, ela não atrapalha e nem incomoda na pele. Com pulseiras de silicone é comum sentir um pouco de coceira ou pressão no pulso. O Watch Fit não tem esse problema.
A tela segue a mesma qualidade e, com um display OLED, oferece uma boa exibição. A tecnologia também ajuda a economizar energia, principalmente se usar watchfaces escuras.
O relógio também tem um bom nível de brilho, e permite enxergar tudo com clareza mesmo se o sol estiver muito forte durante a prática de exercícios externos.
“O Moto Watch Fit tem um design bem confortável, e é um ótimo companheiro para atividades físicas mais intensas, já que não incomoda durante o uso.”
Monitoramento de saúde e atividades
O Moto Watch Fit traz vários recursos para monitoramento de saúde, e é um relógio quase completo para quem quer um dispositivo como auxílio no dia-a-dia.
Em termos de sensores, ele entrega quase tudo que você encontra no mercado atualmente: SpO2 (oxigênio no sangue), frequência cardíaca, estresse, entre outros. Só fica de fora o ECG (eletrocardiograma), ainda exclusivo de modelos mais caros.
Todos esses recursos funcionam muito bem, e o relógio tem precisão para verificar os batimentos cardíacos, nível de saturação de oxigênio no sangue, além de dar dicas para controlar o estresse.
O único ponto em que notei menor precisão foi no monitoramento do sono. Costumo usar relógios diariamente para acompanhar meu sono e já tenho um histórico consistente das diferentes fases, o que me ajudou a perceber essa diferença.
Ao usar o Watch Fit, o tempo total de sono profundo, leve e REM variou bastante em relação aos dias anteriores, mesmo mantendo os mesmos hábitos. Fora isso, o relógio se mostrou bem competente no dia-a-dia.
Já para atividades físicas, ele tem suporte para rastrear mais de 100 exercícios diferentes, tanto terrestres quanto aquáticos, internos ou externos. Seu sensor é bem preciso e, mantendo a mesma rotina que tenho, ele entregou resultados fieis ao que já tenho registrado com o uso de outros relógios.
Para exercícios, eu usei o relógio durante a prática de bicicleta indoor — ou ergométrica — e ele entregou com precisão dados importantes, como frequência cardíaca, tempo de exercícios e calorias queimadas.
Bateria de longa duração
Um dos principais pontos fortes do Watch Fit é sua bateria de longa duração. A Motorola promete que uma carga completa dura cerca de 16 dias.
Nos nossos testes, essa estimativa parece bem certeira. Durante uma semana de testes, o consumo foi de aproximadamente 35%, então é seguro esperar que ele chegue a essa média.
Quanto ao carregamento, ele conta com um carregador proprietário com pinos e, segundo a marca, apenas cinco minutos na tomada é o suficiente para um dia de uso.
Sistema e aplicativo
Um dos pontos positivos é que o Moto Watch Fit precisa de apenas um aplicativo instalado no celular para o funcionamento, enquanto algumas marcas — como a Samsung — exigem o download de dois apps, além de extensões extra para um funcionamento adequado.
Assim, com o relógio da Moto, é possível concentrar tudo em um só lugar. Desde a configuração do relógio até o monitoramento de saúde, tudo pode ser visto no app Moto Watch.
Em contrapartida, achei seu sistema operacional bem básico, sem tantos recursos extra. Não é possível baixar apps, por exemplo, então ele é meramente um fitness tracker — como as Mi Band ou Amazfit.
Outro ponto que me incomodou um pouco foi a quantidade de watchface disponível. Ele é bem limitado nesse aspecto e, para quem gosta de trocar o estilo do relógio com frequência, isso pode ser um aspecto negativo.
No mais, achei o sistema muito parecido com o watchOS da Apple e wearOS do Google, porém mais simples. A Motorola poderia ter trabalhado melhor para entregar um sistema mais exclusivo.
“O sistema do Moto Watch Fit é bem simples. Apesar de ter vários recursos para monitoramento de saúde, o relógio poderia ter mais funções nativas e uma variedade maior de watchfaces.”
Concorrentes diretos
Uma opção de concorrente para o Moto Watch Fit é o Huawei Watch Fit. O relógio da chinesa entrega um visual parecido, com bastante conforto e uma ótima usabilidade. Seus recursos de monitoramento também são bem avançados e confiáveis, tanto para atividades quanto para saúde.
Outra opção, dessa vez mais barata, é o Galaxy Fit 3. O vestível da Samsung já foi lançado há um tempo, mas ainda se destaca como uma boa opção para quem quer um fitness tracker mais básico, porém funcional.
Quanto à faixa de preço, o Motorola e o Huawei estão mais equivalentes, com uma faixa de preço mais salgada, enquanto o Fit da Samsung é mais acessível. Confira o preço médio de cada um:
- Galaxy Fit 3: R$ 280;
- Huawei Watch Fit 4: R$ 950;
- Moto Watch Fit: R$ 900.
+12
Vale a pena comprar o Moto Watch Fit?
Sim, vale a pena comprar o Moto Watch Fit. O relógio entrega uma bateria de longa duração, tem funcionamento prático e um monitoramento de saúde preciso.
No entanto, o preço ainda não é muito favorável e, assim como a alternativa da Huawei, ainda está um pouco caro.
Dessa forma, se ele atingir uma média de R$ 500 a R$ 600 nos próximos meses, ele começará a fazer mais sentido.
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