A Tesla foi condenada a pagar US$ 242,5 milhões (cerca de R$ 1,34 bilhões) em indenização para a família de uma vítima fatal e para outra pessoa envolvida num acidente com um de seus carros equipados com piloto automático.
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A condenação é inédita quando se trata de veículos com direção autônoma, e pode preceder uma série de outros processos contra a empresa de Elon Musk, que tem investido na expansão do seu negócio em robôs-táxis com auto pilotagem.
Na sexta-feira (1), quando foi divulgado o resultado de um júri na Flórida, Estados Unidos, as ações da montadora de veículos elétricos caiu em quase 2%. Os dividendos da empresa já somam queda de 25% em 2025.
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A companhia de Musk foi julgada como 33% responsável pelo acidente, e terá de pagar US$ 42,5 milhões em danos compensatórios de um total de US$ 129 milhões. A empresa também foi condenada a pagar outros US$ 200 milhões em danos punitivos.
O motorista do veículo da Tesla envolvido num acidente, um Model S, foi responsável pelos outros 67% do acidente, de acordo com o júri. Porém, como ele não era réu, não terá de pagar a quantia.
De acordo com uma nota da Tesla enviada à CNBC, a empresa diz que “o veredito é errado e só atrasa os esforços da empresa e de toda a indústria para desenvolver tecnologias que salvam vidas”. A companhia complementa que recorrerá ao resultado.
O acidente
Em 2019, o motorista George McGee dirigia seu Tesla Model S com o “Piloto Automático Aprimorado” ligado, um sistema parcialmente automático de direção. Então, de acordo com o motorista, ele derrubou seu celular no chão do carro e abaixou para pegá-lo.
De acordo com McGee, ele acreditava que, enquanto não estava olhando para a pista, a ferramenta de direção automática desviaria de obstáculos no caminho. Porém, o carro acelerou em um cruzamento, a quase 100 km/h, e atingiu um carro estacionado com duas pessoas dentro.
Uma das vítimas veio a óbito, enquanto a outra quebrou vários ossos do corpo e sofreu uma lesão cerebral.
O advogado das vítimas afirmou que o auto piloto da Tesla foi criado para ser usado apenas em rodovias de acesso controlado, mas a empresa “decidiu não restringir o uso” do piloto automático aos motoristas em qualquer lugar.
A defesa alegou também que falas de Musk sobre o “auto piloto dirigindo melhor que humanos” e que “as mentiras da Teslas” transformaram as ruas em um “ambiente de testes” para a tecnologia.
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