Na noite de terça-feira, o mundo voltou a prender a respiração com a notícia de um poderoso terremoto de magnitude 8,8 que sacudiu a costa da Rússia. O tremor desencadeou um alerta de tsunami que se espalhou por todo o Pacífico, com os Estados Unidos no centro das atenções.
O Havaí, juntamente com as Ilhas Aleutas e o norte da Califórnia, foram colocados em estado de alerta máximo, enquanto o restante da Costa Oeste se preparava para um risco moderado. As primeiras ondas atingiram o Alasca ainda na noite de terça-feira, servindo como um prenúncio do que estava por vir.
No Havaí, as autoridades confirmaram o impacto do tsunami logo após, com ondas de mais de 1,5 metro em Kahului, na Ilha de Maui. Em Oahu, as águas subiram mais de 1,2 metro em Haleiwa, de acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA.
O Centro de Alerta de Tsunami dos EUA previu que as ondas chegariam ao Oregon e Washington D.C. por volta das 23h35, horário local, com a Califórnia logo em seguida. A Baía de São Francisco tinha previsão de ser atingida por volta das 00h40, e o Porto de Los Angeles, por volta da 1 hora.
Diante da iminência do desastre, o governador do Havaí, Josh Green, tentou acalmar a população, afirmando que a situação permanecia estável até o fim da noite:
“Até agora, não vimos nenhuma onda significativa, o que é um grande alívio para nós” – disse o governador do Havaí, Josh Green.
Apesar do alívio momentâneo, o alerta de tsunami permaneceu em vigor. As autoridades enfatizaram a importância de manter a vigilância e seguir as orientações de segurança.
“Esperamos levar pelo menos duas a três horas até podermos dizer “tudo limpo”“, alertaram os especialistas.
A recomendação para que os moradores evitem sair às ruas ou acionar o 911 sem necessidade foi crucial para preservar as linhas de emergência e evitar acidentes nas áreas costeiras.Impacto e precauções em Maui
Em Maui, a situação exigiu medidas drásticas. Todos os portos comerciais foram fechados, e o capitão Nicholas Worst, da Guarda Costeira, informou que navios e aviões foram posicionados para agir em caso de avanço do mar. Essa mobilização preventiva envolveu todo o sistema de resposta a desastres da região.
No aeroporto de Maui, cerca de 200 pessoas buscaram abrigo no terminal após o cancelamento de todos os voos da noite de terça-feira. A medida foi adotada como precaução diante do cenário de risco, garantindo a segurança dos passageiros e funcionários.
Enquanto o Havaí permanecia em alerta, o monitoramento constante e a ausência de vítimas ou estragos até o momento trouxeram um fio de esperança. A população aguardava ansiosamente a liberação oficial das autoridades para retomar a normalidade, ciente dos perigos que ainda poderiam estar à espreita.
O terremoto e o subsequente alerta de tsunami servem como um lembrete da força implacável da natureza e da importância da preparação e da resiliência. A experiência nos ensina que, diante de tais eventos, a união, a informação e a ação coordenada são as melhores ferramentas para proteger vidas e minimizar danos.