Temporada do La Scala começa com ópera russa em homenagem ao compositor Shostakovich
A temporada do La Scala, um dos teatros de ópera e balé mais prestigiados do mundo, começou neste domingo com a apresentação da ópera “Lady Macbeth of the Mtsensk District”, do compositor russo Dmitri Shostakovich. Esta obra, que promove os direitos das mulheres, foi proibida na Rússia por quase 30 anos devido à sua representação de sexo, violência e rebelião feminina.
A escolha desta ópera para abrir a temporada é um tributo a Shostakovich, 50 anos após sua morte. O regente principal do La Scala, Riccardo Chailly, destacou a importância de homenagear um dos maiores compositores do século 20 com uma obra que sofreu por muitos anos devido à censura.
A ópera conta a história de Katerina, uma mulher presa em um casamento infeliz que assassina o marido e o sogro com a ajuda de seu amante, mas acaba sendo descoberta e enviada para a Sibéria, onde comete suicídio. A soprano norte-americana Sara Jakubiak, que interpreta Katerina, descreveu sua personagem como “um carro de corrida que vai de zero a 100km em alguns segundos”.
A produção foi ambientada em um cenário urbano da Moscou dos anos 1950, uma mudança em relação à ambientação original no interior da Rússia do século 19. O diretor russo Vasily Barkhatov e o cenógrafo bielorrusso Zinovy Margolin decidiram fazer algo diferente e ambientar a ópera na cidade onde Shostakovich viveu.
A apresentação de abertura da temporada do La Scala, que está esgotada, terá um público de 2.000 pessoas e gerará uma receita recorde de 2,8 milhões de euros. A ópera será apresentada no La Scala até 30 de dezembro.
- A ópera “Lady Macbeth of the Mtsensk District” é uma obra que promove os direitos das mulheres e foi proibida na Rússia por quase 30 anos.
- A escolha desta ópera para abrir a temporada é um tributo a Shostakovich, 50 anos após sua morte.
- A produção foi ambientada em um cenário urbano da Moscou dos anos 1950, uma mudança em relação à ambientação original no interior da Rússia do século 19.
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