Scooter Braun voltou a comentar publicamente sobre sua longa e controversa rixa com Taylor Swift — e desta vez, fez questão de oferecer sua versão dos fatos com mais clareza do que nunca. Em entrevista ao podcast Question Everything, publicado nesta quinta-feira (17), o ex-magnata da indústria musical refletiu sobre os anos de tensão com a artista e até se mostrou surpreso com o nível de animosidade que o envolveu na briga pela posse de seus antigos álbuns.
“Acho que revisitar isso agora é perda de tempo”, disse Braun logo no início da conversa com a apresentadora Danielle Robay. Ainda assim, o empresário seguiu tentando esclarecer o episódio que marcou o rompimento definitivo com a estrela pop: a compra do catálogo original de Swift em 2019, quando ele adquiriu a Big Machine Records. Na época, a cantora acusou Braun de comportamento “manipulador” e disse que não teve a chance de comprar suas próprias gravações.
Segundo Braun, o processo foi mais complexo do que o público soube. “Estávamos em negociações para vender os masters de volta para ela”, afirmou. “Mas havia um acordo de confidencialidade, e escolhi acreditar que talvez sua equipe não tenha contado a ela o que realmente estava acontecendo.”
Apesar de reconhecer que a situação poderia ter sido resolvida de forma mais pacífica, ele admite que nunca houve uma conversa direta com a cantora. “Nos encontramos apenas três vezes na vida”, contou. “Ela provavelmente viu meu nome atrelado a pessoas de quem não gostava e me associou a isso. Mas nunca tivemos a chance de nos sentar frente a frente.”
Na época da polêmica, Braun gerenciava nomes como Justin Bieber e Kanye West, dois artistas que já haviam protagonizado conflitos públicos com Swift. A cantora chegou a publicar um print antigo de Bieber ao lado de Braun e West no Instagram, legendado com a frase: “Taylor Swift, tudo bem?”, como forma de ilustrar o que ela chamou de bullying.
Questionado se acredita que alguma das músicas de Taylor Swift falam diretamente sobre ele — especialmente Vigilante Shit, em que a artista menciona um “ladrão com sua ex-esposa” — Braun reagiu com humor. “Falo com a Yael [Cohen] todos os dias. Ela é uma das minhas melhores amigas”, disse, referindo-se à ex-mulher. “Nós rimos dessas coisas. É a mãe dos meus filhos. Nunca achei que essa música fosse sobre a gente. Mas foi uma jogada inteligente, sem dúvida.”
Braun também elogiou o sucesso de Swift com as regravações dos álbuns antigos, o projeto Taylor’s Version, que impulsionou sua carreira a níveis históricos e contribuiu diretamente para que ela se tornasse bilionária. “Foi brilhante da parte dela”, admitiu. “E, de forma curiosa, cada regravação também aumentava o valor do catálogo original — ou seja, todos saíram ganhando.”
Apesar das declarações conciliatórias, Swift não parece ter mudado de opinião. Em entrevista à TIME no fim de 2023, ao ser nomeada Pessoa do Ano, ela reforçou a ideia de que Braun teve “motivações nefastas” ao adquirir suas gravações. Ele rebate: “Isso não faz sentido financeiro algum.”
No fim, o ex-empresário parece ter aceitado que a reconciliação talvez nunca venha. Mas deixa no ar uma certa frustração por nunca ter tido a chance de apresentar sua versão cara a cara com a artista. “É fácil ver alguém como vilão se você nunca o conheceu”, resumiu.
Taylor Swift pode estar prestes a lançar 12° álbum
Na última terça-feira (15), surgiram rumores sobre o lançamento do décimo segundo álbum de estúdio de Taylor Swift, sucessor de The Tortured Poets Department, lançado em 19 de abril de 2024. As especulações começaram após a revista Hits Daily Double publicar uma matéria sobre os principais lançamentos recentes da indústria musical e destacar a forte presença de artistas da Republic Records — gravadora atual de Taylor Swift — no topo das paradas de vendas de álbuns.
As movimentações ganharam força quando, na versão inicial da publicação, a revista mencionou que a Republic já estaria se preparando para um novo lançamento da cantora. Segundo o texto, havia burburinhos nos bastidores da gravadora sobre essa possível novidade. O trecho que mais chamou a atenção dizia:
“Além disso, rumores fortes sobre um novo álbum da Taylor Swift mantêm a equipe da Republic tão agressiva quanto sempre.”
A publicação gerou grande repercussão nas redes sociais, o que levou a revista a editar o conteúdo, retirando a menção direta a um novo projeto. Na nova versão, Taylor aparece apenas como uma referência entre outros grandes nomes do selo:
“O novo gigante do Justin adiciona mais um foguete ao arsenal global dos Lipman, que já conta com monstros como Drake, Morgan, Post e o fenômeno inesperado KPop Demon Hunters no topo das paradas de streaming. E tem sempre a Taylor Swift.”
Os rumores sobre um novo lançamento da artista ganharam ainda mais fôlego após o anúncio, em 30 de maio, da aquisição dos masters de seus álbuns originais. A iniciativa poderia indicar uma mudança de estratégia, rompendo com a sequência de relançamentos da série Taylor’s Version, que vinha marcando o esforço de Swift para retomar o controle total de sua discografia.