Operação Contenção no Rio: Número de Policiais Mortos Sobe para 5
A Operação Contenção, deflagrada pelas forças policiais cariocas no fim de outubro nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio, resultou na morte de mais um policial civil. Rodrigo Vasconcellos Nascimento, lotado na 39ª Delegacia de Polícia do Rio (Pavuna), faleceu após mais de três semanas internado, elevando para cinco o número de policiais mortos em decorrência da operação.
Ao todo, ao menos 122 pessoas morreram em decorrência da operação, considerada a mais letal da história do Estado. Os principais alvos da incursão, como Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, não foram capturados. A Polícia Civil expressou sua dor e solidariedade com a família e colegas de Nascimento, destacando a coragem e comprometimento do policial.
Objetivos e Críticas à Operação
A Operação Contenção visava combater o avanço territorial do Comando Vermelho (CV) nas comunidades do Rio. No entanto, pesquisadores criticam a operação, apontando efeitos colaterais arriscados para moradores de diferentes regiões, como fechamento de escolas e a possibilidade de inocentes serem feridos ou mortos em meio a trocas de tiros.
Investigações apontam que lideranças de outros Estados, como Amazonas e Pará, pagam até R$ 150 mil por esconderijos em comunidades da capital fluminense, incluindo uma espécie de escolta armada do tráfico. A Defensoria Pública do Rio questionou a perícia feita após a operação e afirmou que o governo descumpriu exigências impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para as operações policiais.
Policiais Mortos na Operação
- Rodrigo Vasconcellos Nascimento, policial civil lotado na 39ª Delegacia de Polícia do Rio (Pavuna)
- Cleiton Serafim Gonçalves, sargento do Batalhão de Operações Policiais (Bope), da Polícia Militar
- Heber Carvalho da Fonseca, sargento do Batalhão de Operações Policiais (Bope), da Polícia Militar
- Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, policial civil conhecido como Máskara, chefe do setor de investigações do 53ª DP (Mesquita)
- Rodrigo Velloso Cabral, policial civil lotado no 39ª DP (Pavuna), que estava havia apenas dois meses na instituição
O governador Cláudio Castro (PL) reafirmou seu compromisso de seguir firme no enfrentamento a esses criminosos que espalham medo e sofrimento, sem recuar um centímetro. A Polícia Civil e a Polícia Militar também expressaram sua solidariedade e compromisso em continuar trabalhando para garantir a segurança da sociedade.
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