O presidente da União Progressista, Antônio Rueda, afirmou nesta sexta-feira (25), durante a Expert XP 2025, que a recente disputa entre o governo federal e o Congresso Nacional sobre o aumento do IOF revelou um problema estrutural mais profundo: a falta de compromisso com um orçamento realista.
“A peça orçamentária, como foi enviada, era uma ficção. Não foi uma peça verdadeira. Todos da política e do mercado sabiam que aquilo não era exequível”, disse. “E quando a gente não tem responsabilidade, acontecem embates como esse.”
Para Rueda, o foco do debate fiscal não deve ser apenas arrecadatório, mas sim centrado na busca por eficiência da máquina pública. “Não adianta a gente ir para uma pauta de arrecadação, porque nunca vai ser suficiente. Temos que trazer eficiência para o Estado, para o Governo, temos que cortar na carne com o Legislativo, com o Judiciário, para termos um país mais equilibrado.”
Em outro momento da fala, Rueda demonstrou preocupação com o tom adotado por integrantes do Executivo e do Judiciário em relação ao mercado financeiro, num contexto de crescente tensão institucional.
“Hoje, eu fico muito preocupado com esse tom que o Executivo e o Judiciário estão adotando, falando dos povos, dos ricos, e aqui todos, sobre o mercado financeiro. Esse tom é muito ruim”, afirmou. “A gente sabe que, para um país prosperar, ele tem que ter uma economia forte.”
Ele também defendeu um reposicionamento do debate público, com menos polarização e mais foco em propostas concretas para o país: “A gente tem que baixar essa temperatura, sair dos extremos e dessa polarização. Discutir o que é importante para o Brasil.”
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