Review Donkey Kong Bananza | Retorno do rei é glorioso e destrutivo

Demorou 11 anos, mas Donkey Kong Bananza chega para quebrar o jejum da Nintendo com uma das suas principais franquias. O exclusivo de Switch 2 não faz feio e mostra a razão de ser um dos maiores carros-chefes da plataforma em 2025. 

O título é produzido pelo mesmo time de Super Mario Odyssey e mantém a sua estratégia de ambiente aberto — fases que você pode explorar abertamente, seja para encontrar seus colecionáveis ou segredos que estejam escondidos entre a história e batalhas contra os chefões. 

No entanto, não se engane: Donkey Kong Bananza não é uma cópia da última aventura 3D do Mario, mas sim uma baita evolução de quase todos os conceitos que foram trabalhados no lançamento do primeiro Switch, em 2017. E nisso o símio brilha ainda mais e mostra que tem um grande futuro pela frente.


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Prós

  • É uma belíssima e grandiosa aventura do Donkey Kong
  • Mecânica de destruir (quase) todo o ambiente é viciante
  • Transformações são o maior destaque do jogo
  • Fases nostálgicas fazem olhos brilharem

Contras

  • Mais próximo ao fim, percebe-se o desgaste da estrutura
  • Câmera desfavorece bastante em alguns trechos

Chegou a hora de Bananza!

Em Donkey Kong Bananza você encontra a maior jornada já produzida com o personagem. Ao lado de Pauline, ele tem de encarar a ameaça da companhia VoidCo, que está destruindo tudo em seu caminho para buscar o núcleo das profundezas, que garante um desejo para quem encontrá-lo.

Com várias fases temáticas e um extenso conteúdo, não vai faltar diversão enquanto busca por ouro, bananas (que podem dar power-ups) e vários segredos que estão espalhados pelo mapa. Ainda que exista essa divisão entre os ambientes abertos, eles são gigantescos e permitem bastante conteúdo em cada um deles.

Imagem de Donkey Kong Bananza
Donkey Kong e Pauline vivem uma grande aventura no subterrâneo (Imagem: Captura de Tela/Diego Corumba)

Neste aspecto existe a melhor mecânica de Donkey Kong Bananza: a destruição (quase) total do ambiente. Algumas áreas não podem ser quebradas, mas não devem passar de 5% de tudo que existe ao seu redor.  De resto, você pode derrubar montanhas e cavar até dizer chega, e posso garantir que será extremamente divertido.

Ou seja, se você quiser dar uma pausa nas ideias da cabeça, no embate contra monstros e chefões ou até dentro da própria narrativa, pode seguir para algum canto e começar a destruir tudo até cansar. Simples assim. E isso será tão bom quanto seguir a aventura, não por um desfalque dela, mas por ser – de fato — tão empolgante quanto.

Outro ponto importante de Donkey Kong Bananza são as transformações que Pauline ajuda a alcançar. Como visto nos trailers, temos a possibilidade de virar um baita gorila (com ainda mais força e poder de combate), zebra (que permite correr sobre a água e superfícies mais finas) e do avestruz (que pode sobrevoar parte do território e lançar ovos-bomba).

Porém, elas não são as únicas e todas oferecem um gameplay único para os jogadores. Ao coletar bananas, o jogador poderá expandir suas habilidades e garantir outros diferenciais. A parte interessante é que, salvo alguns momentos ou desafios específicos, o título permite prosseguir com a sua favorita sem perder nada. 

“Tanto faz atravessar os mapas com a zebra ou com o gorila, contanto que você destrua tudo e se divirta no caminho” – Diego Corumba

E o quesito de personalização se estende para os trajes, que podem ser adquiridos à medida que coleta fósseis e os troca em alguns locais de Donkey Kong Bananza. Eles garantem mais tempo com alguma transformação, o acréscimo de ouro ou energia que são coletados ou até uma passagem mais tranquila por terrenos complexos (lama ou neve, por exemplo).

Voltando ao passado

Muitos aspectos de Donkey Kong Bananza remetem a Super Mario Odyssey, tanto na forma de avançar na narrativa até no próprio gameplay. No entanto, percebe-se que não é um “copia e cola”, mas sim uma grande evolução da experiência do título 3D do bigodudo. 

Imagem de Donkey Kong Bananza
Tem várias referências e passagens que apelam para a nostalgia (Imagem: Captura de Tela/Diego Corumba)

A proposta é homenagear toda a passagem de DK até chegar em Donkey Kong Bananza, com diversos elementos e personagens que lembram eventos que ocorreram nos títulos anteriores da franquia. Encontrar Cranky Kong e Rambi pela primeira vez, por exemplo, dá uma alegria inexplicável — principalmente para quem amava os jogos de SNES. 

Porém, eles não se limitam a apenas trazer referências ao passado. Você pode, em determinados momentos, jogar alguns trechos clássicos reimaginados para o novo game. Lembra da primeira fase de Donkey Kong Country, por exemplo, com a casa de DK com o pneu? Se procurar bem, poderá rever este e vários outros cenários. 

Mais do que nostalgia, eu pude sentir que todos os elementos foram muito bem-encaixados em Donkey Kong Bananza. As transformações, a presença de Pauline, os segredos escondidos, os combates contra os chefões, os itens escondidos e a exploração do cenário, tudo ocorre de forma fluída. 

Desgaste em Donkey Kong Bananza

Ainda que seja um excelente jogo e divirta bastante, Donkey Kong Bananza tem alguns pontos onde é possível sentir um desgaste da aventura. A estrutura é simples: você chega em um lugar, tem de alcançar o ponto B e completar alguma missão (encontrar peças do disco, derrotar um chefão ou qualquer outra atividade). Porém, ela se repete do início ao fim, o que pode cansar.

Enquanto está nas camadas -100 a -900 do jogo, isso não chega a ser sentido de forma cansativa. Porém, da profundidade -1000 em diante, você passa a perceber uma certa exaustão. Nas últimas fases, inclusive, me peguei questionando se aquilo não poderia ser “pulado” e se o fim não estava muito enrolado para chegar. 

“Chega um ponto de Donkey Kong Bananza que cansa, no qual você já não quer ver algo que não seja o final da história” – Diego Corumba

Imagem de Donkey Kong Bananza
Chega em um ponto de Donkey Kong Bananza que a aventura causa exaustão (Imagem: Captura de Tela/Diego Corumba)

Dependendo de quem estiver jogando, Donkey Kong Bananza pode ser um título extenso. Eu, por exemplo, zerei a aventura com um pouco mais de 30 horas (o que é bastante para este tipo de jogo). Porém, busquei bastante coisa — tanto para escrever este review quanto para me divertir. Algumas pessoas podem chegar ao fim entre 20 e 25 horas sem qualquer dificuldade. 

Em questão de desempenho, o jogo é belíssimo, mas, como previram, ele de fato tem algumas quedas de taxa de quadros. Porém, sendo honesto, isso não atrapalha em absolutamente nada e o game consegue se manter em um nível gráfico e de diversão que te manterão com os olhos encantados da mesma forma. 

Outro ponto negativo da experiência é a câmera, com alguns trechos de Donkey Kong Bananza se tornando completamente indecifráveis — principalmente quando se está cavando. Em alguns momentos se perder é bom, mas em outros isso só incomoda e te faz dar uma volta maior para atingir um objetivo que desviou apenas brevemente. 

O hit de Donkey Kong Bananza

A dublagem e legendas em português de Donkey Kong Bananza, assim como a sua trilha sonora, merecem um grande elogio. A excelente qualidade do conteúdo me deixou ainda mais imerso na aventura e trouxe uma beleza ainda maior para tudo o que é transmitido.

O conjunto da obra marca outro grande acerto da Nintendo, que tem na experiência o seu maior carro-chefe para o Switch 2 — mesmo com Mario Kart World disputando este espaço lado-a-lado. O game, definitivamente, é tudo o que os fãs esperavam e mais um pouco.

Review de Donkey Kong Bananza
Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
Review de Donkey Kong Bananza
Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
Review de Donkey Kong Bananza
Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
Review de Donkey Kong Bananza
Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
Review de Donkey Kong Bananza
Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
Review de Donkey Kong Bananza
Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
Review de Donkey Kong Bananza
Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
Review de Donkey Kong Bananza
Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
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Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
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Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
Review de Donkey Kong Bananza
Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
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Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
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Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
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Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
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Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
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Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
Review de Donkey Kong Bananza
Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
Review de Donkey Kong Bananza
Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)
Review de Donkey Kong Bananza
Imagem de Donkey Kong Bananza (Captura de Tela/Diego Corumba)

Mesmo que tenha demorado 11 anos, ao menos Donkey Kong Bananza traz uma história e gameplay que permanecerão na mente do público por alguns anos. E, se já puder começar a torcer, quero o anúncio do segundo game da franquia (assim como espero por um Super Mario Odyssey 2) para ontem

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