A extinção de espécies faz parte dos processos naturais da vida na Terra e estima-se que cerca de 98% de todas as espécies que já existiram ao longo do tempo geológico estejam atualmente extintas.
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Em geral, a taxa de extinção é baixa em comparação com o número de espécies vivas, e novas formas de vida surgem para substituir aquelas que desaparecem, numa forma de ciclo natural.
No entanto, em determinados momentos da história do planeta, essa taxa aumentou drasticamente, eliminando até 95% das espécies existentes de uma só vez. Esses períodos são conhecidos como extinções em massa e ocorreram cinco vezes ao longo da história da Terra.
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Uma extinção em massa é definida quando pelo menos 75% das espécies desaparecem em um intervalo inferior a 2,8 milhões de anos. A seguir, listamos os cinco grandes eventos que marcaram essas crises de biodiversidade em diferentes eras geológicas do nosso mundo.
1. Extinção do Ordoviciano-Siluriano
A primeira grande extinção em massa foi a do Ordoviciano-Siluriano, ocorrida há cerca de 443 milhões de anos. Na época, o planeta enfrentou uma queda drástica nas temperaturas, com a formação de enormes geleiras e a consequente redução do nível do mar.
Estima-se que cerca de 85% das espécies então existentes desapareceram, principalmente invertebrados marinhos. A crise foi seguida por um aquecimento acelerado, que agravou ainda mais a perda de biodiversidade.
2. Extinção do Devoniano Tardio
A extinção do Devoniano ocorreu há aproximadamente 374 milhões de anos e foi marcada por uma série de eventos que afetaram principalmente os ecossistemas marinhos. Também os invertebrados que viviam no fundo do mar foram os mais impactados.
Cerca de 75% das espécies da Terra foram extintas nesse período, que envolveu flutuações climáticas, elevações e quedas do nível do mar e alterações na composição atmosférica, como a redução de oxigênio e dióxido de carbono.
3. Extinção do Permiano
Conhecida como a “Grande Extinção“, a extinção do Permiano-Triássico ocorreu há 250 milhões de anos e é considerada a mais devastadora de todas. Mais de 95% das espécies marinhas e terrestres desapareceram.
As possíveis causas incluem a colisão de um asteroide, que pode ter desencadeado chuva ácida, e/ou intensas erupções vulcânicas na região da Sibéria, que liberaram gases tóxicos, alteraram o clima e tornaram os oceanos hostis à vida.
4. Extinção do Triássico
A extinção do Triássico, há cerca de 200 milhões de anos, resultou na perda de aproximadamente 80% das espécies da Terra. Foram afetados répteis primitivos, dinossauros iniciais, anfíbios e diversos organismos marinhos.
A principal hipótese para a causa dessa crise é uma intensa atividade vulcânica, que elevou os níveis de dióxido de carbono na atmosfera, aumentou as temperaturas globais e provocou a acidificação dos oceanos.
5. Extinção do Cretáceo
A extinção do Cretáceo, há cerca de 66 milhões de anos, matou cerca de 78% de todas as espécies do planeta, incluindo os dinossauros não aviários. O evento foi provocado pelo impacto de um asteroide com entre 10 e 20 km de diâmetro, na região que hoje corresponde ao México.
O impacto gerou incêndios em larga escala, bloqueio da luz solar e um colapso climático global. Erupções vulcânicas simultâneas no atual território da Índia também podem ter contribuído para o agravamento da extinção.
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