A negociações entre o Brasil e os Estados Unidos sobre a sanção tarifária aplicada ao país estão acontecendo, sem excessos, mas com firmeza, garantiu nessa segunda-feira (4) o chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, Celso Amorim. “Para uma boa negociação tem que haver abertura dos dois lados. O presidente Lula nunca disse que não estava disposto a conversar com o presidente americano Donald Trump. A questão é saber o momento certo”, ponderou.
Na opinião de Amorim, seria ótimo que essa conversa acontecesse o quanto antes, mas ele ponderou que não pode haver ilusão. É um trabalho de médio e longo prazo e presidente Lula está tranquilo e firme”, disse Amorim.
Já o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que o governo brasileiro “está fazendo muitos contatos, tem muitas conversas” sobre o tema. “Como já disse o residente Lula, ele está pronto para conversar”, destacou. No entanto, o chanceler não acredita que algum contato entre os dois países aconteça até o fim do prazo estipulado para o início da cobrança das tarifas extras, no dia 7 de agosto.
O chanceler e o assessor especial da Presidente da República falaram com exclusividade para o InfoMoney, logo após o evento comemorativo de 80 anos de criação do Instituto Rio Branco.
Durante o discurso, Mauro Vieira, disse que “Não pode deixar de referir aos assuntos do momento, de defesa da democracia brasileira”.
“Precisamos firmeza e inteligência na defesa dos interesses brasileiros e ataques orquestrados por brasileiros em conluio com estrangeiros. Sejamos claros: nossa sociedade derrotou tentativa de golpe cujos responsáveis estão no banco dos réus com direito a ampla defesa. A Constituição Federal não está em negociação e não é moeda de troca”, declarou.
Segundo Vieira, saudosistas declarados e amantes confessos de intervenção estrangeira não vão subverter a república democrática do Brasil.
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