Presente de grego: software de mouse gamer vinha com backdoor incluso

A Endgame Gear alertou os consumidores de que uma ferramenta de configuração para o mouse gamer OP1w 4k v2 foi disponibilizada em seu site com o malware Xred incluso. O aviso foi publicado nesta semana, com a companhia afirmando que o arquivo malicioso foi distribuído entre os dias 26 de junho e 9 de julho de 2025.

Segundo o alerta, o caso foi “isolado” e a situação já foi solucionada. Não foi revelado como a ameaça pode ter impactado os usuários ou quais serão as medidas tomadas para evitar que isso se repita.

“Nós removemos o arquivo infectado. Por favor, prestem atenção: o problema foi isolado na página de download do produto OP1w 4k v2”, afirma a Endgame Gear.


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Segundo a companhia, ainda está sendo investigado como o malware foi carregado no site — se ocorreu alguma ação interna ou se foi uma brecha explorada por hackers. No entanto, a fabricante garante que os dados dos usuários permanecem seguros.

“O acesso aos arquivos de nossos servidores não foram comprometidos, e nenhum dado de consumidor foi acessado ou afetado em nossos servidores em qualquer momento”, revela a Endgame Gear.

Imagem do mouse Endgame Gear
O malware foi distribuído no próprio site oficial da fabricante do mouse (Imagem: Reprodução/Endgame Gear)

É válido mencionar que há diversos relatos de usuários que notaram o malware, citando o aparecimento de tela de erro do Windows e reforçando que ele estava presente no próprio site da Endgame Gear — o que pode abrir espaço para uma preocupação maior em relação aos seus produtos e serviços. 

Um malware entre nós

O malware Xred, visto nos arquivos da Endgame Gear, opera como um backdoor que rouba informações do PC. Em alguns casos, ele pode sequestrá-lo para o download de outros arquivos maliciosos — ampliando a infestação e comprometendo o seu uso.

Ainda que a companhia tenha alertado sobre a sua presença e removido o conteúdo de seu site, eles também recomendam que cada usuário impactado faça a remoção dos arquivos. Porém, não foi revelado quantas pessoas tiveram problemas, nem se houve casos graves. 

“A situação é mais do que um engasgo técnico. É um problema legal, porque essencialmente o malware foi distribuído de sua infraestrutura interna. Não devia ser permitido que a Endgame Gear jogue a poeira para baixo do tapete”, afirma um usuário nas redes sociais.

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