Após dois dias de interdição, a Praça dos Três Poderes, em Brasília, reabriu parcialmente na manhã deste domingo, 27, permitindo o acesso a importantes pontos turísticos como o Museu Histórico de Brasília, o Panteão da Pátria e a Casa de Chá. A medida veio após a remoção de manifestantes que acampavam em frente ao STF, em um protesto que escalou rapidamente e gerou preocupações com a segurança na área.
A interdição foi motivada por um acampamento organizado em frente ao STF, liderado pelo deputado federal Helio Lopes (PL-RJ), em discordância com decisões judiciais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Outros parlamentares, como Coronel Chrisóstomo e Rodrigo da Zaeli, também participaram da manifestação, que atraiu apoiadores e intensificou-se com a chegada de novas barracas, conforme divulgado nas redes sociais.
A situação levou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a determinar a retirada dos manifestantes e proibir novos acampamentos em um raio de 1 km da praça e da Esplanada dos Ministérios. A decisão, que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República, autorizou o uso da força policial para garantir o cumprimento da ordem.
“Está pegando tração na Praça dos Três Poderes, mais barracas chegando” – publicou o perfil Vox Liberdade, no dia 25 de julho, justificando a intervenção.
O Que Mudou com a Reabertura?
Apesar da reabertura parcial, a segurança na Praça dos Três Poderes permanece reforçada por tempo indeterminado. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) mantém o controle de acesso e impede a aproximação de visitantes das grades instaladas em frente ao prédio do STF. A medida visa evitar novas ocupações e garantir a integridade dos edifícios públicos.
A reabertura total da praça está condicionada a avaliações dos setores de inteligência, que monitoram a convocação de novas mobilizações pelas redes sociais. A presença constante de viaturas e agentes de segurança indica que a área ainda inspira cuidados e que as autoridades estão atentas a qualquer sinal de risco.
Na prática, a Praça dos Três Poderes continua sendo um espaço de manifestação, mas com regras mais rígidas e fiscalização constante. A experiência recente mostrou que a ocupação descontrolada pode gerar instabilidade e comprometer a segurança da área, exigindo uma resposta firme das autoridades para garantir a ordem e o respeito às instituições.