Pocah celebra o funk como força de identidade

Pocah celebra o funk como força de identidade

Viviane Queiroz virou Pocah, mas foi o funk que transformou a menina de Queimados em um dos nomes mais marcantes da música brasileira. No Dia Nacional do Funk, a artista de 30 anos relembra sua trajetória, marcada por batidas poderosas, atitude e resistência. “O funk me ensinou a existir do meu jeito”, afirma. As declarações foram para a Quem.

Nascida na Baixada Fluminense, Pocah começou a cantar aos 15 anos e nunca mais saiu do compasso que a moldou. De lá pra cá, foram mais de 950 mil ouvintes mensais no Spotify, centenas de milhões de views no YouTube e colaborações com estrelas como Pabllo Vittar, Lexa e Rebecca — consolidando seu nome entre os principais expoentes femininos do gênero.

“Foi dentro do funk que eu me senti livre pela primeira vez. Aprendi a falar alto, vestir o que eu quero e não abaixar a cabeça”, diz ela, que também ficou nacionalmente conhecida ao participar do Big Brother Brasil. Hoje, usa a própria história como símbolo de empoderamento: mulher preta, funkeira, bissexual, mãe solo e empresária — uma combinação que ela mesma chama de “incontrolável”.

Em 2024, a cantora lançou Cria de Caxias, um álbum que mistura funk, pop, trap e reggaeton, com letras que resgatam vivências reais. O projeto foi destaque no Rock in Rio, ocupando o Espaço Favela, e embalou blocos e trios no Carnaval. “Esse disco é sobre minhas raízes, minha quebrada, minha verdade. Não tem como separar a Pocah da mulher que o funk formou.”

Mesmo com a relevância do ritmo, Pocah reconhece que o preconceito ainda ronda o movimento. “A gente ainda carrega muito julgamento por ser do funk. Mas eu tenho orgulho. Orgulho de quem eu sou, de onde vim e do que represento”, desabafa.

Além da música, a artista também expandiu seus passos para o mundo da moda e dos negócios. Já passou três vezes pelas passarelas da São Paulo Fashion Week e lançou sua própria linha de autobronzeadores. “O funk me deu coragem pra ir além. Mas tudo que construí foi com ele. Não existe Pocah sem funk.”

Ao lado da filha Vitória, de 9 anos, ela reforça que o funk é parte essencial da identidade brasileira. “É cultura popular, é criação coletiva, é resistência. Principalmente quando vem das mulheres pretas e periféricas que seguem abrindo caminho.”

Refrão de música de Pocah foi feito com inteligência artificial

Pocah lançou recentemente o single Venenosa, em parceria com MC GW e Triz, que chegou às plataformas de streaming. Porém, para a surpresa dos fãs, o refrão da música não foi gravado pela própria artista, mas sim criado com a ajuda de inteligência artificial.

Em uma entrevista ao programa Foquinha EntrevistaPocah revelou que, devido à falta de tempo para regravar o trecho, sua equipe optou por usar a tecnologia para ajustar o refrão. “Mudamos o refrão, mas eu não tinha tempo de ir para o estúdio gravar. O que eles fizeram? Gravaram e colocaram inteligência artificial no refrão”, explicou a funkeira.

A decisão de utilizar inteligência artificial foi tomada para garantir que a música fosse lançada a tempo, considerando a agenda apertada da cantora.

Para as cantoras pop, a carreira é frequentemente marcada por diferentes “eras”. Agora, Pocah entra em uma nova fase. A artista lançou uma música que dá início a uma série de novidades, culminando no tão esperado show no Palco Favela do Rock in Rio. O novo single, intitulado Venenosa, conta com as participações especiais de MC GW e Triz.

A faixa já está disponível em todas as plataformas digitais pela Warner Music, acompanhada de seu videoclipe oficial no YouTube. Reconhecida por sua presença de palco e sua trajetória no funk carioca, Pocah traz em Venenosa a energia e a irreverência que a tornaram famosa, enquanto incorpora elementos de mixagem modernos que dominam as paradas musicais atuais.

“Estou muito feliz e animada por fazer meu primeiro lançamento de 2024 com um funk tão poderoso. Passei muitos meses no estúdio produzindo o melhor material possível, e esse single é o resultado dessa mistura de beats e referências”, compartilhou Pocah. “Investimos muito e sinto que conseguimos alcançar o objetivo de criar um audiovisual incrível com Venenosa.”

O videoclipe de Venenosa foi filmado em Austin, um bairro de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, e captura a essência urbana com cenas na linha do trem e em um bar, onde Pocah assume o papel de uma comerciante de uma “erva venenosa”. O visual escolhido pela cantora, com cabelo vermelho vibrante, adiciona um toque moderno e ousado à sua performance.

MC GW, um dos grandes nomes do funk atualmente, com mais de 20 milhões de ouvintes mensais nas plataformas, e Triz, a voz feminina por trás do sucesso Baile do Bruxo, que conquistou o topo das paradas digitais recentemente, também brilham nessa parceria.

 

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