A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deixou inalteradas as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos próximos dois anos, prevendo alta de 2,3% em 2025 e de 2,5% em 2026. No entanto, o cartel alertou que o aumento inesperado das tarifas dos EUA poderá pesar sobre a atividade e diminuir o PIB brasileiro em 0,4 ponto porcentual no curto prazo, em relatório publicado hoje.
A Opep ainda considera que é possível um crescimento mais forte do Brasil no segundo semestre de 2025 do que o esperado, a depender do desempenho da agricultura. Por outro lado, as tarifas americanas podem eliminar esse suporte se não houver uma solução entre os dois países.
Ibovespa Ao Vivo: Bolsa sobe de olho em IOF, CPI dos EUA e tarifas de Trump
Índices futuros dos EUA operam mistos em meio a balanços e dados de inflação
Desaprovação ao governo Lula recua após tarifa de Trump, aponta AtlasIntel
Reação do petista ao tarifaço pode ter influenciado melhora; rejeição caiu para 50,3%, e aprovação chegou a 49,9%
“O Brasil poderá tentar mitigar esse impacto por meio de negociações contínuas com os Estados Unidos e redirecionando exportações para mercados alternativos, o que é factível para commodities amplamente comercializadas, como produtos agrícolas, metais e combustíveis”, apontou o relatório.
O cartel também manteve previsão de que a inflação ficará elevada em torno de 5% ao longo do ano, levando o BC do Brasil a manter a taxa Selic em nível alto por tempo prolongado para controlar as pressões inflacionárias.
A Opep ainda espera que um impacto positivo de reformas fiscais, relaxamento monetário e aumento do consumo e investimentos domésticos apoiem a aceleração da economia a partir do ano que vem, embora os riscos tarifários também permaneçam no horizonte de 2026.
infomoney.com.br/">InfoMoney.