Os algoritmos de engajamento analisam curtidas, comentários, tempo de visualização e outros “sinais” para decidir o que vai (ou não) aparecer no seu feed das redes sociais. Apesar da proposta de personalizar sua experiência, esse sistema influencia o que você pensa, sente e compartilha.
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A seguir, explicamos melhor:
- O que é um algoritmo de engajamento?
- Como as plataformas decidem o que aparece no seu feed?
- Por que o algoritmo muda com o tempo?
- Qual é o impacto do algoritmo nas suas interações online?
- É possível ter mais controle sobre o que aparece para você?
O que é um algoritmo de engajamento?
O algoritmo de engajamento é um sistema, baseado em Inteligência Artificial e Machine Learning, que atua como um “curador” do feed nas redes sociais. Ele seleciona e organiza as publicações que você vê e em qual ordem.
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Esses “robôs” analisam seu comportamento online, detectam interesses e os tipos de conteúdo com os quais você mais interage. Com base nisso, passam a mostrar publicações parecidas com mais frequência, justamente para manter seu engajamento.
Como as plataformas decidem o que aparece no seu feed?
Os algoritmos das redes sociais definem o que aparece no seu feed. Eles são construídos com base nas suas interações na plataforma, como curtidas, comentários, compartilhamentos, o tempo que permaneceu em cada publicação e a popularidade geral de cada post.
Cada plataforma tem critérios próprios para estimar o quanto aquele conteúdo agradará ao usuário. Considerando isso, os algoritmos filtram e classificam as publicações para exibir primeiro aquelas que têm maior potencial de engajamento.
Por que o algoritmo muda com o tempo?
As redes sociais ajustam seus algoritmos para adaptá-los às mudanças constantes no comportamento do usuário e às demandas do mercado.
Com o aumento da produção de conteúdos online, as plataformas implementaram o algoritmo de recomendação, que substituiu o feed cronológico e tinha o objetivo de melhorar a experiência dos usuários e aumentar seu tempo de tela.
Ao longo dos anos, esse algoritmo foi aprimorado para manter a rede social relevante para o público e o engajamento nas postagens, que contribuem para a venda de anúncios e, consequentemente, lucros das plataformas digitais.
Além disso, a concorrência do mercado também pode levar a mudanças no algoritmo, como o Instagram fez em 2020 para introduzir o Reels e competir diretamente com o TikTok. A rede social teve que alterar o mecanismo de recomendação com foco em vídeos curtos.
Qual é o impacto do algoritmo nas suas interações online?
Apesar de personalizar seu feed e facilitar o acesso a conteúdo do seu interesse, os algoritmos de engajamento podem ter um lado negativo para o bem-estar individual e social.
Ao exibir publicações que reforçam crenças e preferências dos usuários, esses sistemas ampliam o viés de confirmação e reduzem o contato com pontos de vista diferentes.
Além disso, os algoritmos exploram a tendência humana de prestar mais atenção a conteúdos negativos e isso promove o chamado “ragebait”, que são publicações para gerar raiva ou indignação. O resultado é o aumento da polarização social e propagação de desinformação.
Em relação ao bem-estar individual, a priorização do engajamento pode levar a uma “ansiedade algorítmica”, que seria causada pela busca constante pela validação social por meio de curtidas, comentários e compartilhamentos. O alcance dessa “recompensa” também diminui a habilidade de concentração e desenvolvimento do pensamento crítico.
É possível ter mais controle sobre o que aparece para você?
Sim, algumas redes sociais têm recursos próprios para permitir que você configure suas preferências de conteúdo no feed, como ver mais ou menos publicações de determinados amigos, anúncios, recomendações e tópicos.
Dá para moderar até certo ponto nas configurações e interações com conteúdos recomendados. Por exemplo, pular ou indicar para a rede social que não gosta de um conteúdo “ragebait” para que o algoritmo reduza a recomendação.
Entretanto, as regras algorítmicas não são claras e, às vezes, nem os desenvolvedores das plataformas entendem suas escolhas, o que dificulta ter um controle maior sobre o que será visto no feed.
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