Nokia 1100: quanto custaria hoje o celular mais vendido do mundo, com a inflação

Lançado no Brasil e no mundo em 2003, o Nokia 1100 foi o primeiro grande fenômeno de vendas do segmento mobile. Simples, resistente e com bateria quase inesgotável, o aparelho conquistou uma legião de usuários em todo o mundo, principalmente em mercados emergentes. 

Estima-se que mais de 250 milhões de unidades tenham sido vendidas globalmente, o que faz dele o celular mais vendido da história. Com o passar dos anos e a inflação acumulada, você já parou para pensar quanto ele custaria hoje? O Canaltech responde!

Preço corrigido pela inflação

Para responder a essa pergunta, precisamos considerar a inflação brasileira entre 2003 e 2025. Usando o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação no Brasil, podemos calcular a variação do poder de compra nesse período. 


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De acordo com dados do IBGE, o acumulado da inflação entre janeiro de 2003 e junho de 2025 está na casa dos 320%.

O preço de lançamento do Nokia 1100 no Brasil foi de R$ 249, ou seja: ele teria que custar cerca de R$ 1.090 hoje para manter o mesmo valor.

Se o Nokia 1100 fosse lançado hoje com exatamente as mesmas funções (sem câmera, sem internet e sem tela colorida, apenas com lanterna, agenda, SMS e o jogo da cobrinha), ele chegaria às prateleiras por algo próximo de mil reais, se considerarmos apenas o reajuste inflacionário. 

Anúncio do Nokia 1100 no jornal O Globo, publicado em 2004 (Reprodução/Facebook)

Isso pode parecer surreal, especialmente quando comparado a celulares básicos vendidos atualmente por valores até inferiores. Contudo, é importante lembrar que o 1100, na época, representava tecnologia de ponta em simplicidade e acessibilidade.

Em 2003, o salário mínimo brasileiro era de R$ 240. Era necessário investir um salário inteiro para comprar o telefone e, por incrível que pareça, isso já pode ser considerado acessível! Poucos anos depois, diversos celulares chegaram por dois ou três salários mínimos, reforçando que o 1100 tinha um valor bem atrativo.

Feliz no simples

No início dos anos 2000, os celulares ainda eram um item de prestígio para muitos brasileiros. Ter um aparelho que fazia chamadas com boa qualidade, enviava mensagens de texto e tinha bateria que durava dias era mais do que suficiente. 

O Nokia 1100, além disso, se destacava pela resistência física: sua carcaça suportava quedas, poeira e até respingos d’água. Por isso, ele era especialmente popular em ambientes de trabalho pesado, zonas rurais e entre usuários que buscavam um telefone funcional e durável.

Até hoje, o famoso “Nokia tijolão” segue sendo exemplo de durabilidade no segmento mobile (Divulgação/Nokia)

Além disso, o modelo tinha interface simples, teclas grandes, lanterna embutida e um sistema intuitivo que até hoje é lembrado com nostalgia por muitos. 

Hoje, um celular de entrada com recursos muito mais avançados (como tela colorida, câmera básica e acesso à internet 4G) pode ser encontrado por valores entre R$ 500 e R$ 800.

Ainda assim, nenhum desses modelos consegue replicar o fenômeno cultural e a longevidade de mercado que o Nokia 1100 alcançou.

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