Noah Cyrus canta com o pai em show de lançamento do álbum

Noah Cyrus canta com o pai em show de lançamento do álbum

Noah Cyrus teve a companhia de seu pai, Billy Ray, no show de lançamento de seu álbum em Londres.

Compartilhando fotos da apresentação no Instagram no domingo (21), ela agradeceu ao seu pai por ajudá-la a celebrar o lançamento do novo álbum, I Want My Loved Ones to Go With Me. Segundo a Billboard, eles cantaram “Stand Still“, do álbum de 2022 de Noah, The Hardest Part, e também “With You“, uma faixa originalmente escrita por Billy Ray.

“Obrigada sempre à minha banda incrivelmente talentosa e ao meu pai, a quem amo tanto, por se juntar a nós”, escreveu Noah. “Tivemos a oportunidade de cantar Stand Still e With You, que, na verdade, é uma música que meu pai escreveu no quarto de sua infância e foi uma das primeiras músicas que ele compôs”.

“Essa é uma canção de conforto que ele canta para mim desde que eu era criança e significou muito para mim cantá-la juntos e compartilhar aquele momento”, ela continuou. “Sempre foi o dom da música que nos uniu. Me sinto extremamente grata pelos fãs incríveis que cantaram cada palavra do novo disco. Sou uma garota de sorte.”

Vale destacar que a atriz Elizabeth Hurley também esteve presente. “Seu show foi absolutamente lindo”, escreveu nos comentários da postagem de Noah. “Obrigada por nos receber. Foi maravilhoso ver você tocar com seu pai.”

Vale lembrar que Billy teve Noah com a ex-esposa Tish Cyrus, além de Miley e Braison. Ele também é padrasto dos dois filhos de Tish de um relacionamento passado, Brandi e Trace.

De acordo com a publicação, a apresentação de pai e filha no show de Noah Cyrus ocorre após meses de rumores de desentendimentos na família. Em janeiro, Trace expressou preocupação com o pai em uma carta aberta. “Noah queria desesperadamente que você fizesse parte da vida dela e você nem sequer esteve lá para ela. Essa é a sua filhinha. Ela merece algo melhor“, escreveu.

Noah Cyrus abraça o country com alma e autenticidade em álbum

Noah Cyrus nunca precisou gritar suas origens country para ser ouvida. Filha de Billy Ray e irmã de Miley Cyrus, ela poderia ter escolhido o caminho mais fácil e trilhado os acordes batidos do gênero que fez o sobrenome Cyrus ressoar em Nashville. Mas “óbvio” nunca foi parte do vocabulário artístico de Noah.

Seu novo álbum, I Want My Loved Ones to Go with Me, é a prova mais forte até agora de que sua relação com o country é íntima — mas nada literal. O projeto, lançado em meio a um cenário onde o country flerta cada vez mais com o pop e o mainstream, evita o oportunismo e mergulha em algo mais delicado, mais humano: uma herança afetiva e sonora traduzida em canções densas, introspectivas e surpreendentemente sofisticadas.

Ao lado dos produtores Mike Crossey e PJ Harding, com quem já compartilha longa sintonia criativa, Noah entrega um álbum que é ao mesmo tempo cru e cuidadosamente arquitetado. Em vez de um espetáculo grandioso, ela opta por um enraizamento emocional. É um disco que sussurra verdades em vez de berrá-las — e por isso mesmo, deixa marcas profundas.

Há momentos que parecem quase confessionais, como em “Apple Tree”, faixa que abre espaço para uma gravação do avô da cantora em oração, e que soa como um ritual íntimo compartilhado com o ouvinte. A espiritualidade familiar atravessa o disco, em contraste com o noticiário recente que cerca os conflitos públicos da família Cyrus. O resultado é um trabalho que parece um contra-ataque silencioso: em vez de escândalo, afeto. Em vez de exposição, introspecção.

Musicalmente, Noah transita com uma leveza surpreendente entre o bucólico e o experimental. Em “Don’t Put It All On Me”, soa tão natural quanto qualquer integrante do Fleet Foxes. Já na energética “Way of the World”, ela encontra harmonia com a potência de Ella Langley. Mas talvez o ponto mais comovente esteja em “XXX”, um dueto com Bill Callahan que encerra o álbum com a serenidade de quem não precisa mais provar nada a ninguém.

Mesmo as parcerias mais improváveis encontram propósito aqui. “New Country”, colaboração com Blake Shelton que, à primeira vista, poderia parecer um desvio comercial, se revela uma das mais belas do disco. Não há ironia, nem cálculo. Apenas entrega.

I Want My Loved Ones to Go with Me expande a narrativa iniciada em The Hardest Part (2022), mas com um peso emocional ainda mais polido. Se antes Noah explorava luto e dependência com um olhar quase documental, agora ela revisita suas cicatrizes com uma maturidade que impressiona. Faixas como “I Saw The Mountains” e “Long Ride Home” demonstram uma artista em pleno domínio do próprio ritmo — mesmo quando a produção caminha para terrenos mais grandiosos, ela mantém o pé no chão.

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