O Ibovespa encerrou a quinta-feira (17) com leve alta de 0,04%, aos 135.564 pontos, sustentado por um pregão de baixa volatilidade e comportamento lateralizado, mesmo diante de um cenário externo favorável. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq renovaram recordes, apoiados por dados econômicos sólidos e balanços corporativos positivos. No entanto, a bolsa brasileira seguiu operando com cautela, refletindo o ambiente interno ainda marcado pelas incertezas fiscais e pela tensão comercial com os Estados Unidos. A atuação do governo para conter os efeitos da tarifa de 50% anunciada por Donald Trump sobre produtos brasileiros segue no radar, enquanto o volume negociado permaneceu contido, somando R$ 17,93 bilhões.
Para os traders de mini-índice (WINQ25), o dia foi técnico e desafiador, com movimentos restritos a uma faixa estreita e poucos catalisadores capazes de gerar direções mais claras. As quedas de pesos pesados como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) limitaram o avanço do índice, enquanto a volatilidade pontual em ações como Hypera (HYPE3) e GPA (PCAR3) ofereceu oportunidades isoladas. O mercado segue atento ao noticiário político e às tratativas com os EUA, o que pode continuar afetando o sentimento nos próximos pregões. Em um ambiente ainda sensível, o foco para os operadores segue na leitura dos níveis técnicos e na agilidade para identificar rompimentos consistentes de suporte e resistência.
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Os contratos de mini-índice com vencimento em agosto (WINQ25) encerraram a última sessão com alta de 0,22%, aos 136.795 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
O gráfico de 15 minutos mostra que o mini-índice fechou a sessão anterior em campo positivo, reforçando o padrão de lateralização observado nos últimos dias. Apesar do ganho pontual, o ativo segue oscilando entre faixas bem definidas de suporte e resistência.
Caso ocorra a entrada de fluxo comprador, o índice poderá romper a resistência em 136.850/137.065. Superando essa faixa, o próximo objetivo técnico estará em 137.280/137.535, com alvo mais amplo na região de 137.920/138.255. Esse rompimento, se acompanhado de volume, pode abrir espaço para um novo impulso altista.
Por outro lado, se houver pressão vendedora, o índice poderá perder o suporte imediato em 136.685/136.240. Abaixo disso, o movimento poderá se intensificar rumo a 135.650/135.300, com alvo posterior em 134.960/134.365.
O candle de alta da última sessão formou um padrão de corpo curto, sinalizando possível indecisão. O ativo segue abaixo da média de 200 períodos (137.140 pontos) — uma resistência importante. Para avançar, será necessário romper a faixa entre 137.140/137.720, com objetivo posterior em 138.255/138.875. Já uma eventual perda da região de 135.650/135.525 poderá devolver o índice até 132.945 pontos. O IFR(14) está em 39,80, neutro, sem indicação clara de sobrecompra ou sobrevenda.
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WINQ25: Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o mini-índice também encerrou em alta, voltando a se posicionar acima das médias de 9 e 21 períodos, o que oferece sustentação ao cenário altista, ainda que com moderação.
Para que o ativo mantenha o fluxo comprador, será necessário superar a faixa de 137.065/137.920. Se isso ocorrer com aumento de volume, os próximos alvos estarão em 138.255/138.875, podendo alcançar até 139.850/140.730, caso o fluxo positivo se sustente.
Entretanto, se houver reversão para baixa, a perda da região de suporte em 136.240/135.525 poderá levar o índice a testar 134.960/133.445, com alvos mais longos em 132.765/132.100.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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