Luz cara? 6 truques para gastar menos com eletros na bandeira vermelha


Agosto começa com a conta de luz mais cara para todos os brasileiros. Desde o dia 1º, passou a valer a Bandeira Vermelha – Patamar 2, que cobra R$ 7,87 a mais a cada 100 kWh de energia consumidos. Isso pode aumentar a conta em cerca de 10% nos próximos meses, o que exige muito cuidado no uso dos aparelhos elétricos.
Para aliviar o peso no bolso, vale repensar hábitos e adotar práticas mais eficientes. Coisas simples, como lavar roupas com a máquina cheia e evitar funções extras dos eletrodomésticos, já ajudam. Para você saber tudo o que poder fazer, o TechTudo reuniu uma série de dicas. Confira!
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Conta de luz vai ficar mais cara no mês de agosto; saiba o que fazer para que o seu bolso não pese muito
Arte/TechTudo
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Conta de luz aumentou: saiba economizar durante Bandeira Vermelha (2)
Com a taxa adicional de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, o impacto no orçamento familiar será ainda mais significativo nesse mês. Se você já se preocupa com o valor da conta de luz, agora é a hora de agir. Veja o que você precisa saber:
O que é bandeira vermelha? Qual o impacto na conta de luz?
Quais eletrodomésticos consomem mais energia?
Como economizar na conta de luz mesmo na bandeira vermelha?
1. O que é bandeira vermelha? Qual o impacto na conta de luz?
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2015 para informar o consumidor sobre as condições de geração de energia no Brasil e os impactos disso na conta de luz. A sinalização funciona como um semáforo: verde, amarelo e vermelho mostram se a energia está sendo gerada em condições normais ou mais caras. Veja:
Bandeira Verde: indica condições favoráveis de geração de energia sem cobrança extra na conta de luz;
Bandeira Amarela: mostra que as condições estão menos favoráveis. Neste caso, há um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Bandeira Vermelha: é usada quando o custo de geração está ainda mais alto, geralmente porque o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas está baixo e a energia produzida pelas fontes solar e eólica não conseguem suprir essa demanda. Neste caso, é necessário acionar as usinas termelétricas, que possuem um custo de produção muito mais alto em comparação com as fontes renováveis (hidrelétrica, solar e eólica).
A bandeira vermelha, acionada neste mês, é usada em períodos de estiagem — geralmente entre junho e outubro —, quando o volume de chuvas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste é bastante reduzido. Essa bandeira possui dois níveis de cobrança: no Patamar 1, o acréscimo é de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos; já no Patamar 2, o valor sobe para R$ 7,87 por 100 kWh.
Custo da bandeira tarifária
Reprodução/Enel
2. Quais eletrodomésticos consomem mais energia?
Antes de começar a economizar, é necessário saber quais aparelhos são os grandes vilões do consumo. Em geral, os eletrodomésticos que esquentam ou resfriam são os que mais gastam energia. Dependendo da quantidade e da forma de uso, eles podem representar mais de 70% do valor da conta de luz. Entenda:
Chuveiro elétrico: o campeão de consumo, especialmente em dias frios. Um banho demorado pode ser o responsável por até 30% do valor da conta de luz no final do mês;
Ar-condicionado: usado de maneira contínua, principalmente em temperaturas muito baixas, consome uma grande quantidade de energia. O mesmo acontece se o aparelho tiver a função quente. Em ambientes mal dimensionados ou vedação deficiente, o consumo de energia pode ser ainda maior;
Geladeira: por estar ligada 24 horas por dia, ela é um dos maiores consumidores de energia. Aparelhos antigos ou com a borracha de vedação gasta tendem a consumir ainda mais;
Secadora de roupas: assim como o chuveiro, a secadora utiliza resistências para gerar calor;
Máquina de lavar louças e lavadora de roupas: dependendo do ciclo e da temperatura da água, esses aparelhos podem ter um consumo elevado.
Além dos aparelhos já citados, itens como air fryer, ferro de passar, cafeteira elétrica, secador de cabelo e forno elétrico também podem pesar na conta de luz. Mesmo sem uso contínuo, eles possuem resistência elétrica e alta potência, o que exige cautela durante períodos de tarifas mais caras.
Chuveiro elétrico é o eletrodoméstico que mais consome energia
Reprodução/Lorenzetti
3. Como economizar na conta de luz mesmo na bandeira vermelha?
Durante o período de bandeira vermelha, a conta de luz pode subir bastante devido à tarifa extra. Para reduzir os gastos, não basta apenas saber quais aparelhos consomem mais energia, mas também repensar alguns hábitos do dia a dia. A seguir, veja ações simples que ajudam a aliviar o impacto da bandeira vermelha no seu bolso:
Evitar funções extras que possam gastar mais luz
Algumas funções extras presentes em eletrodomésticos, embora ofereçam praticidade e conforto, podem aumentar significativamente a conta de luz, especialmente as que envolvem aquecimento ou resfriamento.
Por exemplo, em vez de usar a função “manter aquecido” da cafeteira, é mais econômico transferir o café para uma garrafa térmica. Lavadoras com opção de água quente também merecem atenção, principalmente quando aquecem a água internamente com resistência elétrica, o que eleva bastante o consumo. O mesmo vale para a função de secagem em lava-louças e lavadoras de roupas, que também utilizam resistências para gerar calor.
Já em refrigeradores, freezers e aparelhos de ar-condicionado, funções como “Turbo” ou “Power Cool” ativam o compressor em potência máxima para resfriar rapidamente. Esses modos devem ser usados com moderação, pois exigem mais energia e impactam diretamente na fatura.
Em cafeteiras elétricas, evite usar funções de programação ou para manter o café aquecido
Letícia Rosa/TechTudo
Aproveite melhor a luz natural
Durante o dia, aproveite a luz natural abrindo janelas e cortinas para iluminar os ambientes. Posicionar mesas de trabalho ou estudo perto das janelas também ajuda a reduzir o uso de lâmpadas, o que contribui para a economia de energia. Além disso, essa prática pode diminuir a necessidade de acionar ventiladores ou aparelhos de ar-condicionado.
Não use o ar-condicionado à toa
Mesmo no inverno, muita gente tem o hábito de ligar o ar-condicionado sem real necessidade. E como o calor ainda dá as caras em várias regiões do Brasil, especialmente à tarde, o uso do aparelho acaba virando rotina.
Em vez disso, prefira abrir janelas e portas para deixar o vento circular. Agosto costuma ser um mês com bastante ventania, e a brisa já pode refrescar o ambiente. Outra opção é o ventilador, que consome bem menos energia do que o ar-condicionado.
Mas se o ar for indispensável, vale usar com consciência: deixe a temperatura em torno de 23 °C, aproveite a função timer e mantenha portas e janelas bem fechadas para não desperdiçar o ar frio.
Ar-condicionado ligado durante muito tempo pode ser um dos vilões da conta de luz
Reprodução/u_ssfofehsaj/Pixabay
Lave roupas com carga cheia e menos ciclos
A máquina de lavar consome a mesma quantidade de energia para lavar pouca ou muita roupa. Por isso, a dica é esperar acumular uma quantidade maior de peças para usar o aparelho com a carga máxima. Se sua máquina permitir, use ciclos mais curtos e evite a função de lavagem com água quente, que usa mais energia elétrica.
Desligue o que não estiver usando
Esquecer a TV ligada ao sair da sala ou deixar o computador funcionando a noite toda pode parecer inofensivo, mas esses hábitos aumentam o consumo de energia. O mesmo vale para outros aparelhos em modo de espera (stand-by), como carregadores, micro-ondas e cafeteiras. Esse gasto silencioso pode representar até 10% do valor total da conta de luz, dependendo da quantidade de equipamentos e do tempo em que permanecem conectados. Por isso, vale criar o hábito de tirar tudo da tomada.
Use apps e simuladores de consumo de energia
Com o aumento das tarifas pela bandeira vermelha 2, softwares de simulação também podem ser grandes aliados na economia de energia. Apps gratuitos, como o Energisa On, que permite acompanhar o consumo da residência, comparar gastos mensais e gerar alertas personalizados, e o Simulador de Consumo da Neoenergia, que estima o valor da conta com base no uso de cada eletrodoméstico, ajudam a identificar desperdícios e a adotar hábitos melhores no dia a dia.
Já os sensores de presença, embora exijam investimento, ajudam a evitar luzes acesas à toa em ambientes como banheiros e corredores. Alguns ainda permitem desligar aparelhos automaticamente ou controlá-los à distância, o que também contribui para reduzir o consumo.
Aparelhos em stand-by gastam energia mesmo desligados
Enel/Divulgação
* Com informações da Aneel, Idec, Cemig, Copel e Neoenergia

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