Presidente Lula Alerta sobre Riscos ao Agronegócio Brasileiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua preocupação sobre a decisão do Congresso de derrubar 56 dos 63 vetos ao novo marco do licenciamento ambiental. Lula afirmou que essa medida pode levar a barreiras comerciais impostas por grandes importadores, afetando negativamente o agronegócio brasileiro.
De acordo com o presidente, a posição do governo era proteger o agronegócio de possíveis bloqueios comerciais, flexibilizando pontos considerados sensíveis. No entanto, a decisão parlamentar devolveu ao texto dispositivos que reduzem etapas do licenciamento, ampliam modalidades simplificadas e diminuem a participação de órgãos setoriais.
A bancada ruralista defende que a mudança moderniza regras e destrava investimentos. Já o Palácio do Planalto tem uma visão diferente, acreditando que a flexibilização das regras ambientais pode levar a consequências negativas para o agronegócio.
Consequências para o Agronegócio
Lula destacou que, quando mercados forem fechados por questões ambientais, os mesmos parlamentares que derrubaram os vetos pedirão intervenção diplomática. Ele mencionou setores que já monitoram critérios ambientais de forma mais rígida e citou a fala do empresário Eraí Maggi, que alertou sobre os riscos de não se adequar às normas ambientais.
O presidente reforçou que a preocupação é estratégica diante do cenário global e que o Brasil só manterá competitividade se reforçar compromissos ambientais. Ele lembrou que o país já opera com matriz de energia mais limpa que economias desenvolvidas.
- A derrubada dos vetos pode levar a barreiras comerciais impostas por grandes importadores.
- A flexibilização das regras ambientais pode afetar negativamente o agronegócio brasileiro.
- O Brasil precisa reforçar compromissos ambientais para manter competitividade no mercado global.
Os discursos ocorrem enquanto o governo tenta reorganizar sua relação com o Congresso após a derrota na votação dos vetos. A avaliação é que debates ambientais serão cada vez mais centrais nas negociações legislativas e na diplomacia comercial brasileira.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou a 6ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, nesta quinta-feira (4), para rebater a decisão do Congresso que derrubou 56 dos 63 vetos ao novo marco do licenciamento ambiental.
Lula afirmou que a posição do governo buscava resguardar o agronegócio de possíveis barreiras comerciais impostas por grandes importadores e criticou a escolha do Legislativo por flexibilizar pontos considerados sensíveis.
A decisão parlamentar devolveu ao texto dispositivos que reduzem etapas do licenciamento, ampliam modalidades simplificadas e diminuem a participação de órgãos setoriais. Para a bancada ruralista, a mudança moderniza regras e destrava investimentos.
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Para o Palácio do Planalto, a leitura é outra. Lula disse que, quando mercados forem fechados por questões ambientais, os mesmos parlamentares que derrubaram os vetos pedirão intervenção diplomática.
“O que vetamos foi para proteger o agronegócio”, afirmou durante o evento no Itamaraty. “Essa mesma gente que derrubou meu veto, quando a China parar de comprar soja, quando a Europa parar de comprar soja, quando alguém parar de comprar nossa carne ou nosso algodão, vão falar comigo. Eles sabem que estão errados. Eles sabem que nós queremos que a nossa produção seja cada vez maior, mas cada vez mais sustentável e cada vez mais limpa.”
O presidente mencionou setores que já monitoram critérios ambientais de forma mais rígida e citou a fala do empresário Eraí Maggi, que também participou da reunião, dizendo que o alerta do setor foi ignorado. “Se a bancada do agronegócio ouvisse Eraí Maggi, não teriam derrubado vetos sobre licenciamento ambiental.”
Lula reforçou que a preocupação é estratégica diante do cenário global. Disse que o Brasil só manterá competitividade se reforçar compromissos ambientais e lembrou que o país já opera com matriz de energia mais limpa que economias desenvolvidas. “Não vetamos licenciamento porque não gostamos do agro, mas para proteger o agro.”
Os discursos ocorrem enquanto o governo tenta reorganizar sua relação com o Congresso após a derrota na votação dos vetos e do cancelamento da sabatina de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal.
A derrubada foi uma vitória da bancada ruralista e expôs limitações de articulação da base governista. No Planalto, a avaliação é que debates ambientais serão cada vez mais centrais nas negociações legislativas e na diplomacia comercial brasileira.
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