Pecadores, da HBO Max, tem chamado atenção do público e da crítica; confira 7 dúvidas sobre o enredo, incluindo o final explicado e mais informações da cena pós-creditos Pecadores chegou à HBO Max recentemente, ocupando o primeiro lugar entre os longas em alta na plataforma. O enredo fala sobre dois irmãos gêmeos criminosos, Stack e Smoke, que retornam à cidade natal com planos de abrir o próprio negócio. O problema é que o local está tomado por forças malignas, que estão atrás de sangue. O longa é estrelado por Michael B. Jordan (Creed) e também conta com Hailee Steinfeld (Gavião Arqueiro) e o estreante Miles Caton no elenco como Mary e Sammie Moore. Com o sucesso, muitas pessoas ficaram com dúvidas, querendo saber quais são as inspirações por trás da história e o que significa a cena pós-créditos.
Pensando nisso, o TechTudo te explica sete pontos sobre Pecadores, a fim de te deixar por dentro de tudo sobre a obra — que tem inspirações em fatos reais. Confira, a seguir, a sinopse, o elenco, o que significa o longa, quem é Charles Patton (cantor citado algumas vezes no roteiro) e tudo sobre o final do filme. Vale lembrar que o texto contém SPOILERS de Pecadores.
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Pecadores está disponível na HBO Max e é o filme mais popular na plataforma no momento
Reprodução/IMDb
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Nessa lista do TechTudo, você encontrará as seguintes dúvidas que podem ter ficado em relação ao filme Pecadores:
Sinopse
Elenco
Repercussão
História que inspirou o filme
O que o filme significa?
Quem foi Charles Patton?
Tem cenas pós-créditos?
Pecadores: por que o filme é tão bom?
1. Sinopse
Situado em 1932, o enredo segue os irmãos gêmeos Smoke e Stack, que retornam ao Mississippi após sete anos trabalhando com a máfia, em Chicago. Agora, ricos e decididos, eles querem empreender e abrir a sua própria casa de blues. Para isso, compram um terreno de um fazendeiro e recrutam o primo Sammie, que é um guitarrista iniciante, com muito talento. Porém, a cidade dos irmãos está sendo dominada por forças malignas: vampiros sedentos por sangue, que são atraídos pela música. Assim, os sobreviventes devem lutar para não serem mordidos, a fim de salvar o que resta da sua cidade.
2. Elenco
O filme é estrelado por Michael B. Jordan como os irmãos gêmeos. Ele atua ao lado de Hailee Steinfeld e Wunmi Mosaku (O Que Ficou Para Trás), que interpretam Mary e Annie — ex-namorada de Stack e a esposa de Smoke. Miles Caton dá vida a Sammie Moore, primo dos protagonistas. O longa também traz Jack O’Connell (O Amante de Lady Chatterley) e Jayme Lawson (A Mulher Rei) como Remmick, um vampiro que domina o grupo de invasores, e Pearline, uma cantora aspirante que chama atenção de Sammie.
Omar Miller (Linha de Frente), Delroy Lindo (Vingança & Castigo) e Li Jun Li (Babilônia) são outros nomes do elenco que dão vida ao segurança Cornbread, ao músico Delta Slim e à Grace, esposa de comerciante da região. Por fim, o cantor e guitarrista de blues, Buddy Guy, também faz participação especial em Pecadores.
Pecadores é estrelado por Michael B. Jordan e Hailee Steinfeld
Reprodução/HBO Max
3. Repercussão
O título da HBO Max está fazendo sucesso entre a crítica e o público. Para começar, acumula 7.7 pontos no IMDb. Já no Rotten Tomatoes é aprovado por 97% dos especialistas e por 96% da audiência geral, adquirindo os selos Fresco e Hot da plataforma e estando acima da média dos sites agregadores de avaliações. Entretanto, jornalistas também vieram a público elogiar o filme de terror, escrito e dirigido por Ryan Coogler.
Angelica Jade Bastién, da Vulture, fez críticas pontuais ao longa — sobre a forma com que o roteiro deixa a desejar em alguns temas sobre o racismo nos Estados Unidos. Porém, a profissional vê mais pontos positivos na obra: “A saga de vampiros é arrebatadora, ousada, ambiciosa e repleta de curiosidade. Mesmo com suas falhas desleixadas, é um filme que mexeu comigo e continua a assombrar minha imaginação”, afirma.
Richard Brody, do New Yorker, também elogiou Pecadores: “Coogler apresenta uma visão provocativa da experiência negra americana e o faz com uma inventividade exuberante e uma grande satisfação estética”. Já Owen Gleiberman completa, em crítica publicada na Variety: “Pecadores é um dos raros filmes de terror que trata de algo pesado e comovente: a herança do pecado na América negra, uma ideia que no filme se estende à adoção da criminalidade como uma forma de transcender a opressão”.
4. A história que inspirou o filme
O enredo faz referência a grandes cantores de blues da década de 30 e brinca com a ideia que muitos tinham de que músicos negros de sucesso teriam feito pacto com o diabo. Esse boato, inclusive, cercou toda a carreira de Robert Johnson, um dos artistas mais influentes do Mississippi.Além disso, desde a primeira cena, Pecadores fala sobre uma lenda comum no hoodoo — um sistema de magia popular afro-americana. O conto diz que algumas pessoas nascem com o poder de fazer uma música tão “verdadeira”, que a barreira entre os mortos e os vivos, entre o passado, o presente e o futuro é rompida. É o que acontece quando Sammie faz a sua apresentação, que atrai os vampiros.
Por fim, a obra também faz referências a momentos políticos importantes dos Estados Unidos na década de 30, como a segregação entre os negros e brancos, consolidada pelas leis de Jim Crow, e a existência de grupos supremacistas, como o Ku Klux Klan.
Pecadores faz referência a lendas e fatos históricos nos Estados Unidos
Reprodução/Hollywood Reporter
5. O que o filme significa?
De acordo com entrevistas do diretor ao USA Today, Pecadores é sobre identidade e a forma com que as pessoas se veem. Para isso, é utilizado o sobrenatural (a existência de vampiros) como uma metáfora para tratar de temas como individualidade, comunidade, culpa e redenção. O próprio nome, “pecadores”, fala sobre isso. O objetivo é refletir sobre quem é considerado pecador, qual é esse pecado e se é possível apagar os erros do passado.
No enredo, também vemos uma dualidade: de um lado, os humanos — reais, vulneráveis e cheios de afeto e memórias. Do outro, os vampiros — promissores, com grandes planos de poder, mas desumanizados. Os personagens devem entender, portanto, qual é a forma que querem viver e resistir. Tudo isso em uma sociedade marcada pela extrema desigualdade racial e perseguição da população negra.
6. Quem foi Charles Patton?
Em Pecadores, o primo diz a Sammie que a guitarra que lhe deu de presente pertenceu a Charles Patton. O homem realmente existiu e foi um importante artista estadunidense. Nascido em 1891, no Mississippi, ele é considerado o “pai do delta blues”. Alguns historiadores afirmam que Patton é uma das figuras mais relevantes da arte norte-americana. Entre as suas músicas mais conhecidas estão “Pony Blues”, “It Won’t Be Long” e “Love My Stuff”.
Pecadores fala sobre música, identidade e a luta contra o racismo
Reprodução/IMDb
7. Pecadores tem cenas pós-créditos?
Sim, o filme tem duas cenas pós-créditos. Ao final de Pecadores, fica claro que, após o massacre dos vampiros e a rejeição do pai ao blues, Sammie seguiu seu caminho na música. Trinta anos depois, já nos anos 1990, ele se tornou um artista reconhecido. Uma das cenas pós-créditos nos revela justamente sobre essa nova fase.
Interpretado agora por Buddy Guy, ícone do blues na vida real, Sam aparece descansando em um bar após um show. É então que recebe a visita de Stack e Mary — exatamente como eram décadas antes, sem sinais de envelhecimento. Nesse momento, o público descobre que Smoke não teve coragem de matar o irmão naquela noite. Em vez disso, o libertou com a promessa de que ele não mataria Sammie. Agora, com o personagem envelhecido e sua vida chegando ao fim, Stack e Mary retornam com uma proposta: oferecer a imortalidade e transformá-lo em vampiro. Sam recusa, mas antes da despedida definitiva, toca uma última música para o casal.
Em outra cena pós-créditos, vemos uma versão mais jovem de Sammie cantando sozinho na igreja do pai. Este momento pode ser interpretado tanto como uma lembrança quanto como uma representação simbólica do personagem no pós-vida.
Pecadores cena pós crédito
Reprodução/HBO Max
8. Pecadores: por que o filme é tão bom? Veja a opinião do TechTudo
Para a Luisa Silveira, da editoria de streaming, Pecadores é o filme perfeito para quem ama terror, mas não dispensa uma história profunda, com críticas sociais. É possível tirar muitas reflexões do longa, que escancara o racismo na sociedade (tanto na década de 30, quanto atualmente). Um grande golpe é com a morte de Smoke — não pela despedida do personagem em si, mas pela forma com que acontece. Ele enfrenta vampiros sanguinários a noite inteira, mas não consegue escapar ileso de um conflito com a Ku Klux Klan. Não é difícil perceber, então, que os maiores monstros, então, são os supremacistas violentos.
Todas as reflexões podem ser feitas enquanto o filme constrói uma narrativa de suspense. Você fica tenso, apreensivo e impactado com as cenas de luta e violência. Apesar de ser mais longo do que a média, com 2h e 17 minutos, o tempo passa muito rápido. Pecadores te envolve, te entretém e te faz pensar. As atuação também não deixam a desejar: é possível ver a diferença entre Smoke e Stack só pelo olhar de Michael B. Jordan — o que torna tudo mais interessante.
Michael B. Jordan brilha como os gêmeos principais de Pecadores
Reprodução/IMDb
Já para Luiza M. Martins, o que mais salta aos olhos é a construção dos personagens. O filme, que é bem cadenciado, investe um longo tempo para fazer com que o espectador passe a se importar com aquela comunidade e com cada um daqueles nomes. Por isso, quando o ataque ocorre, tudo fica ainda mais brutal. E esse sentimento só escala conforme percebemos que, talvez mesmo sem vampiros, aquelas pessoas já estivessem fadadas ao desaparecimento devido aos grupos supremacistas da época, como a KKK. O longa, aliás, faz várias alusões aos ataques e modus operandi do grupo.
Para Lucas Loyo, o diretor Ryan Coogler entregou um ótimo filme de terror, que aborda de forma mística, social e crítica questões como o racismo, Ku Kux Klan e o preconceito ligado ao estilo musical blues vivenciado pela população negra na década de 30 nos Estados Unidos. A atuação de Michael B. Jordan como protagonista é excelente, além das técnicas impecáveis de produção utilizadas na duplicação dos personagens “Smoke” e “Stack” que ficaram perfeitas. Além disso, a fotografia do filme é bem interessante, com um tom macabro no ponto certo, que gerou um suspense positivo na trama relacionada a presença de vampiros.
Com informações de Harper’s Bazaar, IMDb, New Yorker, Rotten Tomatoes, Screen Rant, Variety e Vulture, USA Today.
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