O ChatGPT vai substituir o Google? Saiba o que esperar da pesquisa online


Em disputa com ChatGPT, Google ainda lidera com folga nas buscas na web, mas participação caiu para 90% pela primeira vez em 10 anos graças IAs e TikTok; saiba mais ChatGPT e Google disputam a atenção de usuários em todo o mundo atualmente. O uso de chatbots de inteligência artificial (IA) cresceu 80,92% em um ano, mas ainda representa somente cerca de 3% do tráfego total na comparação com os buscadores tradicionais, que seguem liderando com 34 vezes mais visitas. Nesse cenário, o ChatGPT segue como a plataforma mais popular de IA generativa, embora ainda tenha 26 vezes menos acessos diários do que o Google. Por outro lado, o domínio do buscador mais conhecido do mundo já apresenta sinais de desgaste: pela primeira vez em uma década, sua participação no mercado caiu para menos de 90%. Os dados são de um estudo da OneLittleWeb, divulgado pelo portal Lifewire. A seguir, veja o que as pesquisas revelam sobre o futuro das buscas na web.
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Google lidera mercado de buscas online, mas hegemonia é ameaçada pela primeira vez em uma década; entenda
Reprodução/Imagens Tada/ Shutterstock
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Chatbots ganham espaço, mas continuam longe do topo
Buscadores como Google e Bing ainda recebem 34 vezes mais visitas para buscas do que ferramentas de IA
Reprodução/Neil Patel.com
Nos últimos dois anos, o tráfego para chatbots como o ChatGPT cresceu 80,92% ao ano, segundo dados da OneLittleWeb. Apesar do avanço expressivo, os mecanismos de busca ainda concentram a maioria do tráfego global. A diferença de volume é significativa: são 34 vezes mais visitas em plataformas como Google e Bing, mesmo com a popularização das plataformas de inteligência artificial. O bot da OpenAI lidera com folga entre as ferramentas de IA, mas o número de acessos diários ainda é 26 vezes menor que o do Google. Embora o interesse pela tecnologia esteja em alta, o dado mostram que a mudança de hábito entre usuários continua em curso e longe de ser generalizada.
Queda no domínio do Google pode indicar mudança de padrões
Mais de 20% da Geração Z faz suas pesquisas pelo TikTok
Reprodução/Melnikov Dmitriy/Shutterstock
A liderança do Google ainda é ampla, mas mostra sinais de desgaste após anos de estabilidade. Em março de 2025, a participação do buscador no mercado global caiu para menos de 90% pela primeira vez em uma década. Revelado pela BrightEdge, o dado indica uma possível reconfiguração do cenário de buscas na Internet. Um dos fatores por trás dessa queda é o uso crescente de plataformas alternativas, especialmente por públicos mais jovens. A mudança estaria relacionada ao avanço das buscas realizadas por ferramentas de IA e ao uso crescente de plataformas como o TikTok para tirar dúvidas e encontrar informações.
Uma pesquisa da YPulse, divulgada pelo site Axios, revelou que apenas 46% das pessoas entre 18 e 24 anos usam o Google como ponto de partida para suas buscas online. Entre os usuários de 25 a 39 anos, esse número sobe para 58%, indicando uma diferença geracional de hábitos. O levantamento também mostra que 21% dos jovens preferem começar as buscas pelo TikTok, enquanto o YouTube aparece como primeira opção para 5% dos entrevistados dessa faixa etária.
IAs já influenciam o futuro das buscas
O relatório da BrightEdge também aponta mudanças no mercado de buscas. Segundo a empresa, até o fim de 2024, 1 em cada 2 sessões de busca online já envolveria algum tipo de inteligência artificial, seja nos resultados entregues, seja na forma como a busca é realizada. Empresas como Google e Microsoft vêm investindo em novos modelos híbridos, que combinam busca clássica com assistentes de IA. Já plataformas como o ChatGPT, Gemini Google e Claude.AI disputam diretamente a atenção dos usuários. A tendência é que os próximos anos tragam uma convivência entre os dois formatos, mas com uma disputa cada vez mais acirrada pelo tempo e pela atenção do público.
Google testa nova era de buscas com IA, mas enfrenta críticas
AI Overviews mescla inteligência artificial e buscas tradicionais do Google, mas desempenho ainda é ambíguo
Reprodução/Rawww.com
A reformulação do Google com foco em inteligência artificial começou a se intensificar com o lançamento dos AI Overviews, que usam o modelo Gemini para responder diretamente às perguntas dos usuários. A ideia da empresa é transformar a experiência de busca ao entregar resumos gerados por IA no topo dos resultados. No entanto, segundo dados da BrightEdge, essa mudança teve efeitos diversos: por um lado, as impressões aumentaram em 49%, e por outro, a taxa de cliques caiu cerca de 30% desde maio de 2024, o que indica que os usuários consomem as respostas sem clicar nos links.
Esses resumos automáticos também têm gerado polêmica e algumas falhas chegaram a viralizar nas redes. O sistema chegou a sugerir que as pessoas usassem cola na pizza ou comessem pedras, o que levou o Google a recuar e aplicar ajustes no recurso. Ainda assim, a empresa afirma que os AI Overviews continuarão sendo expandidos gradualmente.
Com informações de OneLittleWeb, LifeWire, BrightEdge (1,2), Vox, BBC e Axios
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