
Trend musical chama a atenção ao utilizar funks conhecidos como base para músicas com batidas retrô dos anos 70, 80 e 90; mixagem de canções é feita com inteligência artificial O funk vintage com inteligência artificial (IA) tem feito sucesso nas redes sociais ao transformar músicas populares do gênero em versões com cara de anos 70. A tendência mistura letras originais com arranjos inspirados em estilos como jazz, blues e soul, criando um contraste curioso e nostálgico. Apesar de não ser nova, a trend voltou a ganhar força com o avanço das ferramentas de IA e o trabalho do estudante Raul Vinicius, criador da gravadora Blow Records. Ele é o responsável por hits como Casa dos Machos (1979) e Baile do Panta (1976), que bombaram no TikTok. A seguir, saiba o que é o funk vintage com IA, como ele surgiu, quais ferramentas são usadas na criação das músicas e como fazer sua própria versão retrô.
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Funk Vintage com IA: entenda o que é e como fazer a sua música com IA
Divulgação/Blow Records
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O que é o funk vintage com IA?
No Funk Vintage, cantores dos tempos atuais são transportados para as estéticas dos anos 70, 80 e 90
Divulgação/Blow Records
Funk Vintage com IA são versões alternativas de músicas populares do gênero funk recriadas por inteligência artificial com base nas melodias clássicas dos anos 1960, 1970, 1980. As edições mantém as letras com teor sexual presente nas músicas originais, mas substitui as batidas e o som característico do funk por um ritmo mais lento e romântico, com instrumentos que remetem ao jazz e ao blues da época.
Esse tipo de edição não é recente. O contraste gerado pelas montagens já tem chamado a atenção do público, principalmente em redes sociais como o TikTok e o YouTube, desde a época pré-pandemia, quando foram lançados hits como “Mc Poze Nos Anos 80”. Com o avanço da inteligência artificial, muitos entusiastas da área puderam aproveitar as facilidades fornecidas pelas ferramentas para criar versões vintage com mais facilidade e rapidez.
Quem foi o criador da trend?
“Um Passado Inexistente” é o primeiro album de Funk Vintage lançado pela Blow Records
Divulgação/Blow Records
O criador da trend e responsável pela recente viralização dos funks vintage é o paulista Raul Vinicius, estudante de Publicidade e Propaganda e criador da Blow Records, gravadora por trás dos hits de sucesso. Segundo Raul, o projeto começou como uma brincadeira entre ele e amigos. O jovem inicialmente utilizava músicas de trap, nacional e internacional, como base nas edições apenas com o intuito de compartilhar entre colegas.
O projeto ganhou repercussão quando alguns hits como Casa Dos Machos (1979), Baile do Panta (1976) e Bang (1976) começaram a viralizar e tornar conhecido o trabalho da gravadora. Desde então, o canal no YouTube da Blow Records (@BlowRecordsBR) já soma mais de 15 milhões de visualizações e seu perfil no TikTok (@blow.records) conta com 5,9 milhões de curtidas. O Techtudo entrou em contato com Raul, mas ele disse que, por conta da demanda de trabalho, não teria disponibilidade de conceder entrevista.
Como foi o processo de criação do funk vintage?
Raul Vinicius não revelou como é o processo e quais são os softwares utilizados em seu trabalho, mas deu algumas pistas do processo de criação. Em entrevista fornecida ao G1, a mente por trás da Blow Records revelou que leva entre uma a quatro horas para produzir cada faixa. Segundo Raul, apesar da tecnologia ser um dos fatores principais do projeto, não basta apertar um botão e aguardar o resultado. Em muitos casos, a edição manual ainda é necessária.
Já para criar as imagens e os vídeos dos funkeiros versão vintage, o processo demora cerca de 30 minutos. O estudante utiliza ferramentas como o banco de imagens Freepik, o Veo 3 do Google e o software MidJourney AI para fazer a manipulação das imagens. Segundo Raul, a somatória dos custos com todos os softwares ultrapassam R$ 1 mil reais por mês.
Com informações de Exame e G1.
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