O Bitcoin (BTC) surpreendeu o mercado ao renovar sua máxima histórica nesta quinta-feira (10), alcançando impressionantes US$ 116.401. Esse marco foi impulsionado por um anúncio impactante de Donald Trump, que propôs novas tarifas de até 50% sobre importações de 22 países, incluindo o Brasil, que acabou recebendo a alíquota mais alta.
A medida reacendeu o interesse por ativos alternativos, especialmente aqueles vistos como reservas de valor, como o BTC. Em um cenário global já tenso, com disputas geopolíticas e comerciais acentuadas, o Bitcoin se destaca como uma opção para investidores em busca de segurança e proteção contra as incertezas do mercado.
Analistas apontam que essa valorização reflete uma forte demanda, com a quebra da resistência dos US$ 110 mil indicando uma possível continuidade da tendência de alta. No entanto, é importante manter a cautela. A escalada tarifária pode gerar impactos negativos no sentimento global de risco, e uma deterioração nas relações comerciais entre os EUA e grandes economias como China e União Europeia poderia reacender a aversão a risco, impactando negativamente o mercado de criptoativos.
Até o momento, o cenário permanece favorável ao BTC, que lidera os ganhos entre as criptomoedas. Mas, afinal, até onde o preço do Bitcoin pode chegar? Vamos analisar tecnicamente o desempenho do Bitcoin e identificar os principais pontos de suporte e resistência.
Análise Técnica do Bitcoin
No gráfico diário, podemos observar que o BTC mantém um padrão de alta desde que atingiu a mínima do ano, na região dos US$ 74.393. A partir desse ponto, iniciou uma recuperação acelerada, rompendo a antiga máxima histórica em US$ 111.917, que agora se tornou um ponto de suporte.
Atualmente, o ativo está operando acima dos US$ 115.000, indicando uma possível continuidade da tendência positiva no curto prazo. Caso essa tendência se mantenha, os próximos alvos projetados estão entre US$ 118.350 e US$ 119.635. Em uma extensão desse movimento, os alvos mais longos podem atingir a faixa dos US$ 122.500, US$ 123.800 e até US$ 125.090.
Por outro lado, uma correção só deve ocorrer se o preço perder a região dos US$ 111.917. Abaixo desse nível, os principais suportes aparecem em US$ 107.340, US$ 105.170 e, mais adiante, nos US$ 100.000 e US$ 98.000.
A análise técnica sugere que, enquanto não houver sinais de reversão, o Bitcoin permanece em tendência de alta, com boas chances de continuar renovando seus topos no curto prazo.
Análise de Médio Prazo
No gráfico semanal, a tendência de alta se mostra ainda mais robusta. Após atingir a mínima anual em US$ 74.393, o ativo ganhou um forte impulso comprador, que não apenas sustentou a recuperação, mas também levou ao rompimento da máxima histórica anterior, nos US$ 111.917.
Nesta semana, o BTC renovou seu topo, alcançando a região dos US$ 116.401. Caso feche em alta, será a terceira semana consecutiva de valorização. Somente em julho, a alta já supera 7%, enquanto o acumulado de 2025 já soma mais de 23% de valorização.
Para manter essa trajetória, será necessário um volume comprador que sustente o movimento acima da última máxima. Os alvos projetados no médio prazo estão entre US$ 118.440 e US$ 122.870, com projeções ainda mais ambiciosas mirando as faixas dos US$ 129.174 e US$ 137.200.
Caso o mercado inicie uma realização de lucros, os primeiros sinais de correção ocorreriam com a perda da faixa dos US$ 111.917 / US$ 109.312. Abaixo, os suportes mais relevantes estão posicionados em US$ 100.000 e US$ 98.000, com alvos estendidos em US$ 92.950, US$ 88.720, US$ 81.000 e novamente a mínima anual em US$ 74.393.
Até o momento, o gráfico semanal não apresenta sinais claros de exaustão ou reversão. Apesar de o movimento estar esticado e afastado das médias, o que pode justificar uma correção técnica, a tendência principal continua sendo de alta. A estrutura segue favorável à continuidade do movimento, desde que acompanhada por fluxo e volume.