O Ibovespa encerrou a segunda sessão de agosto em leve alta, ainda na linha dos 132 mil pontos, tendo permanecido entre este limiar e a casa de 133 mil pontos nos fechamentos desde 24 de julho, um intervalo de oito sessões. No dia 23, havia encerrado aos 135 mil, nível que após o dia seguinte não tem sido tocado nem mesmo durante as sessões.
Assim, bloqueado numa margem estreita, o índice da B3 segue de lado, sem acentuar correção em relação à máxima histórica de 141 mil, do fechamento de 4 de julho, nem mostrar uma recuperação destacada.
Nesta segunda-feira, oscilou dos 132.439,54 até os 133.928,94 pontos, tendo saído de abertura em nível correspondente ao da mínima do dia. Ao fim, mostrava ganho de 0,40%, aos 132.971,20 pontos, vindo de perdas de 0,48% e 0,69% nas sessões precedentes. No mês, o Ibovespa ainda cede 0,08% no agregado de duas sessões, com ganho no ano a 10,55%. Fraco, o giro desta segunda-feira ficou em R$ 15,2 bilhões.
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“Houve alta forte hoje em Nova York, ainda sob expectativa de corte de juros nos Estados Unidos, em setembro ou outubro, desde o payroll da última sexta-feira, o que resulta em enfraquecimento do dólar, globalmente, e retirada de prêmios na curva de juros do Brasil – o que se viu em diferentes vértices. Em dia de propensão a risco, ainda que não homogênea, tal movimento impulsionou o Ibovespa, ainda que timidamente”, diz Matheus Spiess, analista da Empiricus.
Dessa forma, ele destaca o efeito do câmbio e da curva do DI para o Ibovespa neste começo de semana, com os ativos brasileiros sendo beneficiados, também, pela leitura moderada sobre a geração de vagas de trabalho pelo Caged, nesta tarde, referente ao mês de junho.
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No fim da tarde, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2027 estava em 14,16%, ante o ajuste de 14,196% da sessão anterior
“Mercado doméstico acompanhou hoje o exterior, com a aposta em corte de juros nos Estados Unidos que reverberou para o câmbio, com as ações em alta e dólar em baixa”, resume Ian Lopes, economista da Valor Investimentos. Em Nova York, os ganhos dos principais índices acionários ficaram entre 1,34% (Dow Jones) e 1,95% (Nasdaq) no fechamento da sessão.
Na B3, o desempenho do Ibovespa não foi melhor nesta segunda-feira porque Petrobras (PETR3;PETR4) acompanhou a queda na casa de 1% para o petróleo em Londres e Nova York, com decisão da Opep+ de aumentar, ainda mais, a produção da commodity. Investidores também avaliaram falas do presidente dos EUA, Donald Trump, de que elevará tarifa cobrada à Índia por conta da compra de óleo russo. Assim, a ON da estatal cedeu 0,34% e a PN, 0,16%.
Vale ON (VALE3), a ação da maior peso no índice, subiu 0,80% nesta segunda-feira e, entre os grandes bancos, o avanço chegou a 2,02% em Banco do Brasil ON (BBAS3), após o tombo registrado na última sexta-feira pelo papel, e a 2,05%, em Santander Unit (SANB11).
Na ponta ganhadora do Ibovespa na sessão, RD Saúde (RADL3; +8,54%), Hapvida (HAPV3; +3,95%) e Vivara (VIVA3;+3,54%). No lado oposto, BRF (BRFS3; -3,40%), Pão de Açúcar (PCAR3;-2,87%) e Yduqs (YDUQ3;-2,54%).
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