Ibovespa Futuro avança de olho nas negociações comerciais entre Brasil e EUA

O Ibovespa Futuro opera em alta nos primeiros negócios desta sexta-feira (15), com mercado ainda de olho na reação do Brasil à tarifa de 50% dos Estados Unidos conforme se aproxima o prazo final dado pelo presidente Donald Trump para negociações, com o noticiário corporativo também no radar. Às 9h07 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em agosto subia 0,49%, aos 135.275 pontos.

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Na quinta-feira, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que conversou no sábado com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, a quem reiterou pedido de negociação.

A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros está prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mais de 10 mil empresas brasileiras serão afetadas pela taxa, argumentando que companhias norte-americanas também serão prejudicadas.

Segundo ele, o governo estuda uma série de medidas como plano de contingência à tarifa, inclusive linhas de crédito, e reiterou que o planejamento será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), previsto a previsão da inflação oficial, subiu 0,33 por cento em julho, acima da alta de 0,26 por cento no mês anterior. Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,30 por cento para o período.

Entre as empresas, Usiminas (USIM5) reportou lucro líquido de R$ 128 milhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), revertendo prejuízo de R$ 100 milhões reportado no mesmo intervalo de 2024.

No exterior, além do prazo estipulado por Trump para acordos tarifários, investidores também se preparam para uma semana de reuniões de bancos centrais, incluindo do Federal Reserve.

Em Wall Street, o Dow Jones Futuro avançava 0,03%, o S&P Futuro subia 0,05% e o Nasdaq Futuro tinha queda de 0,05%.

Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista subia 0,14%, cotado a R$ 5,528 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento avançava 0,17%, aos 5.539 pontos.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam com baixa, enquanto os investidores avaliavam os recentes desenvolvimentos comerciais.

A Índia busca assegurar tarifas “preferenciais” dos Estados Unidos em condições mais vantajosas do que as obtidas por seus principais concorrentes, segundo o ministro do Comércio e Indústria, Piyush Goyal. Responsável por liderar as negociações do acordo comercial com o Reino Unido, Goyal sinalizou que Nova Déli adota uma postura confiante nas tratativas em curso com Washington.

Já os mercados europeus operam em baixa nesta quinta-feira, com os investidores atentos às negociações comerciais globais e à temporada de balanços na região e nos Estados Unidos.

Os preços do petróleo operam em alta, impulsionados pelo otimismo sobre um possível acordo comercial entre os EUA e a União Europeia e por relatos de planos russos de restringir as exportações de gasolina para a maioria dos países.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, com estoques maiores e menor produção de aço.

(Com Reuters)

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