Ibovespa fecha em alta de 0,45% com Embraer como destaque e tarifas dos EUA no radar

O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, com Embraer (EMBR3) entre os principais suportes, em meio a notícias de que o governo brasileiro pediu aos Estados Unidos a exclusão da fabricante de aeronaves da tarifa de 50% sobre produtos do país, que deve entrar em vigor na sexta-feira.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,45%, a 132.725,68 pontos, com Petrobras (PETR3;PETR4) também respondendo por apoio relevante. Na máxima do dia, o Ibovespa marcou 133.345,71 pontos. Na mínima, registrou 132.129,79 pontos.

O volume financeiro somou R$ 16,4 bilhões, contra médias diárias de R$ 20,58 bilhões no mês e R$ 24,26 bilhões no ano.

Em meio a preocupações sobre os efeitos nocivos à economia da nova política comercial dos EUA, notícias de que o Brasil pediu ao governo norte-americano para excluir os setores de alimentos e a Embraer trouxeram algum alento ao Ibovespa, que na véspera havia fechado na mínima em mais de três meses.

A cautela, entretanto, permaneceu no pregão brasileiro, como se observa principalmente no volume financeiro reduzido, sem sinais mais evidentes de que a demanda do Brasil será atendida ou de que o país conseguirá um adiamento da taxa anunciada mais cedo no mês pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o plano de contingência do governo para fazer frente às tarifas incluem medidas de socorro a empresas duramente afetadas, além de alternativas estruturantes, que fortalecem as exportações, e diversificação de parcerias comerciais.

Em Wall Street, o S&P 500 e o Nasdaq renovaram máximas históricas intradia, mas perderam o fôlego e fecharam em queda, com balanços de empresas norte-americanas também sob o holofote antes do desfecho da reunião de política monetária do Federal Reserve, previsto para a quarta-feira.

DESTAQUES

  • EMBRAER ON (EMBR3) avançou 3,76%, com notícias sobre um pedido do governo brasileiro aos EUA para que a empresa fique de fora da tarifa dos EUA endossando uma recuperação dos papéis. As ações da fabricante de aviões renovaram máximas históricas no começo de julho, mas o anúncio de Trump desencadeou uma forte correção negativa, com a perda no mês até a véspera alcançando quase 14%. Os EUA são o principal mercado da Embraer.
  • PETROBRAS PN (PETR4) fechou em alta de 1,31% antes da prévia operacional do segundo trimestre da petroleira estatal, que será divulgada após o fechamento do mercado. A apreciação das ações teve suporte do avanço do petróleo no exterior, onde o barril do Brent encerrou o dia com elevação de 3,53%. PETROBRAS ON (PETR3) subiu 1,63%.
  • WEG ON (WEGE3) cedeu 0,41%, sem sustentar a tentativa de recuperação registrava em parte do pregão, uma vez que permanecem receios sobre os reflexos das tarifas comerciais dos EUA. Analistas do Citi cortaram o preço-alvo dos papéis de R$62 para R$53, mas reiteraram a recomendação de compra.
  • RAÍZEN PN (RAIZ4) caiu 1,39%, renovando mínimas históricas. O BTG Pactual publicou relatório nesta terça-feira com corte na estimativa de Ebitda para o ano fiscal de 2026 para R$11 bilhões, de R$12,36 bilhões antes, entre outras revisões. A recomendação de compra para as ações foi mantida, mas o preço-alvo caiu de R$3,50 a R$3, “permanecendo altamente dependente da capacidade da Raízen de estabilizar e desalavancar seu balanço”.
  • VALE ON (VALE3) encerrou com declínio de 0,62%, revertendo sinal mais positivo visto mais cedo, quando encontrou suporte no comportamento dos futuros do minério de ferro no exterior. Na China, o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian apagou a perda registrada pela manhã e encerrou as negociações do dia com alta de 0,63%.
  • BRADESCO PN (BBDC4) cedeu 0,19% e SANTANDER BRASIL UNIT (SANB11) subiu 0,11% antes da divulgação dos respectivos balanços do segundo trimestre na quarta-feira. ITÁU UNIBANCO PN (ITUB4) avançou 0,58%, enquanto BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) registrou acréscimo de 0,05% e BTG PACTUAL UNIT (BPAC11) fechou em alta de 0,6%.

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