O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (29) que as negociações para evitar a tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos brasileiros seguem “vagarosamente”, mas sem interrupção. A medida está prevista para entrar em vigor nesta sexta-feira (1º).
Segundo Haddad, o governo brasileiro aguarda clareza por parte de Washington sobre quais produtos serão efetivamente afetados para então decidir quais ações adotar.
“Nós desconhecemos a medida que vai ser tomada. E nem da parte deles há total clareza. Quando um secretário diz, ‘talvez café não entre, talvez manga não entre, Embraer talvez não…’, você começa a ver que nem eles sabem exatamente o que vai acontecer”, disse Haddad em entrevista à CNN Brasil.
O ministro afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já recebeu um “menu” de medidas de curto, médio e longo prazo, elaborado por quatro ministérios, Fazenda, Relações Exteriores, Casa Civil e Desenvolvimento.
Entre as opções, segundo Haddad, estão linhas de crédito emergenciais para empresas mais afetadas, nos moldes do socorro concedido a companhias no Rio Grande do Sul após eventos climáticos, e ações estruturantes para diversificar mercados e fortalecer exportações.
“Quando o presidente considerar oportuno tomar uma decisão, ele vai tomar. Elas já estão desenhadas para isso. Quando ele falar ‘eu quero isso’, vai sair em 24, 48 horas”, afirmou.
O ministro também afirmou que tensões poderiam ser reduzidas “quando a realidade das relações bilaterais for apresentada”, a menos que, segundo ele, a influência do bolsonarismo na Casa Branca prevaleça.
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