Guerra, da Legacy: Tarifaço prejudica um pouco o PIB, mas ajuda na inflação

A tarifa comercial que Donald Trump promete aplicar a partir de agosto terá “efeito marginal” na atividade econômica brasileira, mas cria um cenário de oportunidades na alocação global, segundo Felipe Guerra, sócio-fundador da Legacy Capital. 

Na Expert XP, o gestor disse esperar que os Estados Unidos sigam em frente com a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, “já que esta é uma questão política e estamos sem interlocução com os Estados Unidos”.  Para ele, a taxa “prejudica um pouco o PIB e ajuda na inflação, mas nada muito dramático, o efeito é marginal”. 

Além da situação brasileira, Guerra também analisou o impacto global das tarifas que Trump prometeu ou já estabeleceu contra outros países.  Ele vê o mercado mais confortável com as “idas e vindas” do republicano: “toda vez que (Trump) exagera e coloca ativos americanos em risco, ele recua”, o que “sempre se mostrou ser uma oportunidade ao longo do seu governo”. 

Na economia americana, as tarifas vieram em um momento de desaceleração da inflação de serviços e do aluguel, além de salários “acima da meta, mas também desacelerando”, pontua Luis Stuhlberger, CEO e CIO da Verde Asset Management, que participou do painel na Expert XP. 

Esse cenário, segundo Stuhlberger, aponta para corte de juros no ano que vem e, “se temos juros caindo e estímulo fiscal, aumenta o lucro das empresas e é bom para a Bolsa”, argumenta, lembrando que ações de tecnologia “continuam muito fortes”. 

O fundador da Verde ainda argumentou contra o fim do excepcionalismo americano: “talvez do governo acabou, mas das empresas, não”.

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