No último dia 17, um estudo publicado na plataforma ARXiV revelou detalhes impressionantes sobre o objeto interestelar recém-descoberto 3I/ATLAS: ele possui cerca de 11,2 km de largura, o que o torna o maior corpo extrassolar já identificado em nosso sistema solar. O cometa C/2025 N1 (ATLAS) é o terceiro objeto interestelar confirmado até hoje, após as passagens de 1I/‘Oumuamua (2017) e 2I/Borisov (2019).
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Detectado pela primeira vez em 1º de julho de 2025, o cometa chamou atenção por sua trajetória hiperbólica e velocidade altíssima (mais de 210.000 km/h), características típicas de objetos que não pertencem ao nosso sistema estelar.
Inicialmente, só se sabia que sua coma (a nuvem de poeira e gás ao redor do núcleo) tinha cerca de 24 km de diâmetro. Mas agora, graças à análise de imagens anteriores à descoberta oficial, cientistas estimam que o núcleo do cometa tem aproximadamente 5,6 km de raio, ou seja, 11,2 km de diâmetro, com margem de erro inferior a 1 km.
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Há indícios de que o 3I/ATLAS seja muito mais antigo que a Terra, com idade estimada entre 3 e 11 bilhões de anos, o que o tornaria o cometa mais antigo já registrado.
Além disso, ao contrário de ‘Oumuamua, que não apresentou sinais de atividade cometária, o 3I/ATLAS exibe uma fraca, mas visível, cauda de poeira.
Ainda que não se tenha detectado emissão gasosa, a presença de atividade o coloca mais próximo do comportamento observado em 2I/Borisov.
O novo estudo também proporcionou aos cientistas uma boa visão do cometa e ajudou a identificar grandes quantidades de poeira e gelo de água ao redor de seu núcleo. Evidências adicionais de que o 3I/ATLAS é um cometa natural, não uma sonda disfarçada enviada por uma civilização alienígena avançada, como alguns pesquisadores propuseram de forma controversa nas últimas semanas.
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