Exclusivo: Aumento nos preços do Nintendo Switch não afeta o Brasil

A Nintendo anunciou nesta sexta-feira (1) que o Switch vai ficar de US$ 30 a US$ 50 mais caro nos Estados Unidos, em todas as versões. Porém, o aumento do preço do console não afetará o Brasil ou os demais países da América Latina.

Ao Canaltech, a Big N afirmou que a mudança de preços não se aplica ao nosso país e que alterações de valores são realizadas de acordo com cada mercado separadamente.

“Não há planos para ajuste de preços na América Latina. Quaisquer ajustes na precificação regional são baseados nas condições de mercado prevalentes”, afirmou a Nintendo.


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

Nos Estados Unidos, alguns acessórios também serão impactados, mas o valor cobrado pelos jogos (físicos e digitais) será mantido — ao menos por enquanto.

Imagem dos Joy-Con
Joy-Con e Pro Controllers sofrerão reajuste de preços (Imagem: Divulgação/Nintendo)

A companhia não mexeu no preço do Switch 2 e da assinatura do Nintendo Switch Online, mas afirma que alterações podem ser realizadas. De acordo com a Big N, “ajuste nos preços podem ser necessários no futuro” — o que é um indicativo de que isso será revisto em algum momento.

A Nintendo diz que a mudança no preço cobrado pelo Switch 1 é devido às “condições de mercado”, mas não explicou quais exatamente. Apesar disso, é extremamente provável que a companhia japonesa esteja se referindo ao “tarifaço” do presidente dos EUA, Donald Trump, que começou neste dia 1º de agosto e impacta diversos países. 

Lojas aproveitam o aumento do Switch 1

Com o anúncio súbito do aumento do preço do Nintendo Switch, Switch Lite e Switch OLED, algumas lojas já estão vendendo o console mais caro. A Target, por exemplo, cobra US$ 230 pelo modelo Lite, US$ 340 pelo padrão e US$ 400 pela edição OLED — um aumento de US$ 30, US$ 40 e US$ 50 respectivamente. 

Imagem dos consoles Switch
O aumento já está sendo aplicado por lojas como a Target (Imagem: Reprodução/Target)

É importante mencionar que estas unidades que sofreram aumento de preço já estavam disponíveis, ou seja, não fazem parte das novas unidades que devem ser submetidas ao “tarifaço”. É possível que outras lojas sigam tal movimentação, visando maximizar os lucros perante às circunstâncias.

Além do console, os Switch Pro Controllers tiveram preço reajustado para US$ 80, Joy-Con também estão custando US$ 80 e foi revelado que os Amiibo e o Alarmo ficarão mais caros também. O despertador será vendido por US$ 110 e sobrou até para os acessórios do Switch 2: com o Joy-Con 2 subindo para US$ 100.

É esperado que os demais periféricos, como o Pro Controller 2, Switch 2 Camera e outros amarguem um aumento nos próximos dias

Mudanças virão para o Nintendo Switch 2

De acordo com o analista Daniel Ahmad, este aumento expressivo ocorre porque países como Vietnã e China (onde a Nintendo produz seus consoles) estão enfrentando tarifas ainda maiores a partir deste dia 1º de agosto.

O país norte-americano estão implicando tarifa de 20% sobre tudo o que vem do Vietnã, 30% sobre os produtos da China e 15% sobre o que tem como origem o Japão. Ou seja, não há fuga para a Big N. O insider também aponta que um aumento no Switch 2 não seria uma surpresa.

Relação da Nintendo e das tarifas

A Nintendo está “pisando em ovos” com as tarifas desde o anúncio oficial do Switch 2. A apresentação, que ocorreu no dia 2 de abril de 2025, foi na mesma data em que Donald Trump afirmou que passaria a cobrar tarifas de dezenas de países. 

A movimentação do governo dos EUA levou a companhia a adiar as pré-vendas do videogame por algum tempo e causou diversos transtornos — como o temor do seu preço se tornar diferente daquele anunciado inicialmente.

Ainda que a Nintendo não tenha mexido no preço do Switch 2 na época, ela aumentou o preço dos seus acessórios e agora a movimentação se repete. 

Leia também no Canaltech:

Vídeo: vale a pena fazer o upgrade do Nintendo Switch para o Switch 2? No YouTube discutimos o que o novo console híbrido traz de bom e se compensa mudar a geração nestes primeiros meses.

Leia a matéria no Canaltech.