O cantor sul-coreano Moon Taeil, de 31 anos, ex-integrante do popular grupo de K-pop NCT, foi condenado a três anos e seis meses de prisão por envolvimento em um caso de estupro coletivo. O crime aconteceu em junho de 2024 e teve como vítima uma turista chinesa, segundo informou a emissora BBC nesta quinta-feira (10).
Durante audiência realizada em junho de 2025, Taeil admitiu o crime ao lado de dois cúmplices identificados apenas como Lee e Hong, conforme relatos da imprensa sul-coreana. O trio teria encontrado a vítima em um bar no bairro de Itaewon, região boêmia de Seul. Após o consumo de bebidas alcoólicas, eles a levaram até a residência de um dos envolvidos, onde a agressão sexual foi cometida.
O juiz responsável pelo caso classificou o episódio como “extremamente grave”, mas optou por aplicar uma pena inferior aos sete anos de prisão inicialmente solicitados pelos promotores. A justificativa da corte para a redução da pena foi o fato de os réus serem primários e não possuírem antecedentes criminais.
Além da prisão, os três homens foram obrigados a cumprir 40 horas de um programa de reabilitação para autores de violência sexual. O tribunal considera que a participação no tratamento é essencial para impedir reincidência e promover responsabilização individual.
Moon Taeil abandonou oficialmente o grupo NCT em agosto de 2024, pouco após as primeiras denúncias virem à tona. À época, os detalhes do crime ainda não haviam sido divulgados publicamente, e sua saída foi tratada como afastamento temporário. Após a investigação avançar, ele rompeu definitivamente com a carreira artística.
O artista iniciou sua trajetória no mundo do K-pop como parte do programa de treinamento da SM Entertainment em 2015. Tornou-se membro fixo do NCT em 2016, participando dos subgrupos NCT U e NCT 127. Ao longo de sua carreira, também colaborou em trilhas sonoras de dramas coreanos e projetos solo.
Moon Taeil: Repercussão e impacto no universo do K-pop
A condenação de Moon Taeil gerou grande repercussão nas redes sociais e na comunidade de fãs de K-pop. Muitos manifestaram indignação e repúdio diante da gravidade do caso. Especialistas apontam que episódios como este reforçam a urgência de medidas mais severas contra abusos no meio artístico e destacam a importância de proteger vítimas, independentemente da fama dos envolvidos.
O caso também reacende o debate sobre a responsabilidade das agências de entretenimento na conduta de seus artistas e sobre a cultura de silêncio que, por vezes, encobre crimes dentro da indústria do entretenimento.
A Justiça sul-coreana segue monitorando a execução da sentença, e os réus devem cumprir integralmente a pena estabelecida, incluindo o acompanhamento psicossocial previsto no programa de tratamento.