EUA x Brasil: Entenda a escalada de tensões e o impacto das novas tarifas

No último domingo, o ex-presidente Trump pegou muitos de nós de surpresa ao confirmar que, a partir da sexta-feira, dia 1º, tarifas de 50% sobre produtos importados, incluindo aqueles vindos do Brasil, entrariam em vigor. Essa medida, sem dúvida, coloca os Estados Unidos em uma posição delicada no cenário do comércio global, ostentando uma das taxas mais elevadas do mundo.

A decisão parece ter raízes em eventos recentes que têm chamado a atenção da mídia internacional. O jornal norte-americano ao qual tive acesso, sugere que as acusações contra o ex-presidente Bolsonaro, estariam influenciando essa postura, especialmente após Trump ter classificado a situação como uma “caça às bruxas”.

A resposta do Brasil

Em resposta, o presidente Lula não hesitou em expressar sua preocupação, classificando as novas tarifas como uma afronta à soberania brasileira. Ele enfatizou que o Brasil não aceitará negociar sob pressão ou em desvantagem. “Em nenhum momento o Brasil vai negociar como se fosse um país pequeno diante de um país grande”, declarou Lula, reconhecendo o poderio econômico, militar e tecnológico dos Estados Unidos, mas garantindo que isso não intimidará o país, apenas o deixará em estado de alerta.

Lula também teceu críticas aos métodos empregados pelo governo norte-americano, argumentando que a diplomacia tradicional parece ter sido deixada de lado. “O comportamento do presidente Trump desviou de todos os padrões de negociações e diplomacia”, disse o petista ao jornal, defendendo o diálogo e a busca por soluções em vez de medidas unilaterais e ultimatos.

Quando você tem uma divergência comercial, uma divergência política, você pega o telefone, marca uma reunião, conversa e tenta resolver o problema. O que você não faz é taxar e dar um ultimato.” – explicou Lula.

O presidente brasileiro também alertou sobre o impacto dessas tarifas nos produtos nacionais que já conquistaram espaço no mercado norte-americano, como café, carne e suco de laranja. “Nem o povo norte-americano nem o povo brasileiro merecem isso”, enfatizou Lula, prevendo um retrocesso nas relações diplomáticas que historicamente beneficiaram ambos países.