Passar horas trabalhando em frente ao notebook sempre fez parte da minha rotina. E, como muitos, eu havia normalizado o desconforto que vinha com isso: a dor no pescoço no final do dia, a tensão nos ombros e aquela dor incômoda nas costas que parecia um “custo do ofício”. Eu via o suporte para notebook como um acessório supérfluo, um gasto desnecessário que não mudaria muita coisa. Afinal, uma mesa e uma cadeira não eram o suficiente? A resposta, como aprendi da forma mais difícil, é um sonoro “não”.
Foi preciso que o desconforto se tornasse insustentável para que eu decidisse dar uma chance a essa peça que parecia tão simples. O que se seguiu foi uma jornada de compra cheia de erros, acertos e, principalmente, muito aprendizado sobre ergonomia, produtividade e bem-estar. Neste relato, vou compartilhar não apenas a minha história, mas as lições cruciais que aprendi, para que você possa evitar os meus erros e transformar sua relação com a sua principal ferramenta de trabalho.
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Um suporte para o notebook é fundamental para um trabalho sem dores na coluna
Reprodução/Amazon
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Nesta jornada sobre suportes para notebook, você vai encontrar:
A dor nas costas que me fez mudar de ideia
Minha jornada de erros e acertos com os modelos
O que mudou na minha rotina de trabalho
Dicas para não errar na sua escolha
Quem realmente precisa de um suporte (e de mais alguns extras)
Três modelos que eu recomendo (do básico ao avançado)
1. A dor nas costas que me fez mudar de ideia
O ponto de virada para mim foi a persistência da dor. Por ser mais alto, a tela do notebook sobre a mesa sempre ficava muito abaixo do nível dos meus olhos, o que me obrigava a curvar o pescoço e os ombros para a frente durante todo o expediente. Minha “solução” inicial foi baixar a cadeira ao máximo, mas isso apenas trocava um problema por outro, criando uma postura péssima para os braços e pernas. A posição de digitação, com os cotovelos apoiados na mesa para compensar a altura, resultava em uma dor aguda na lombar ao final de um longo dia de trabalho.
O que eu não sabia na época é que essa postura tem até nome entre os especialistas: a “corcunda do notebook”. Descobri depois que essa inclinação constante da cabeça sobrecarrega a coluna cervical de forma perigosa, e a dor que eu sentia era o sintoma clássico de um problema ergonômico grave.
Aquele desconforto diário não era normal, era um alerta do meu corpo de que a minha estação de trabalho, centrada em um aparelho otimizado para a mobilidade e não para o uso estático, estava me prejudicando seriamente. Foi quando percebi que precisava de uma solução real, e não de mais uma gambiarra.
Minha antiga posição de trabalho com o notebook no nível da mesa
Rafael Costa/TechTudo
2. Minha jornada de erros e acertos com os modelos
Minha primeira tentativa, como a de muitos, foi pelo caminho mais barato. Optei por um suporte de plástico simples, dobrável. No início, ele parecia dar conta do recado, mas em poucas semanas, a fragilidade do material se revelou. O calor gerado pela base do notebook começou a dilatar o plástico, fazendo com que o suporte perdesse a firmeza e abrisse lentamente. A história terminou como o esperado: um dia, ele simplesmente rachou e quebrou, derrubando meu notebook na mesa. O barato saiu caro e, por sorte, o prejuízo foi apenas o do próprio suporte.
Aprendida a lição sobre a fragilidade, minha segunda tentativa foi um modelo mais robusto, também de plástico, mas que vinha com dois coolers para ventilação extra. A promessa era resolver a ergonomia e o superaquecimento de uma vez.
No entanto, a experiência foi outra decepção. O suporte era pesado, barulhento e difícil de transportar. E, para piorar, os coolers, ligados via USB, produziam um “ventinho” fraco que, na prática, não fazia diferença na temperatura do notebook. Foi aí que decidi testar a abordagem “menos é mais” e investi em um suporte simples de aço, que uso há dois anos e está em perfeito estado.
O suporte de aço é parte crucial do meu trabalho agora
Rafael Costa/TechTudo
3. O que mudou na minha rotina de trabalho
A mudança mais imediata e impactante ao adotar o suporte de aço foi a correção da minha linha de visão. Como utilizo um segundo monitor, o suporte me permitiu elevar a tela do notebook para que ficasse perfeitamente alinhada à tela principal, criando uma estação de trabalho coesa e confortável. O alívio na tensão do pescoço e dos ombros foi instantâneo. Pude finalmente subir minha cadeira para uma altura correta, e a dor nas costas que me acompanhava há meses simplesmente desapareceu em poucos dias.
Com o tempo, descobri um “hack” pessoal que otimizou ainda mais meu setup. Eu passei a utilizar o suporte de aço de forma “invertida”, na posição contrária à recomendada pelo fabricante. Ele perde um pouco da estabilidade se você digitar diretamente no notebook, mas como eu já usava teclado e mouse externos, isso não era um problema. Essa inversão me deu alguns centímetros preciosos de altura extra, o que fez toda a diferença para a minha estatura. A pequena mudança, aliada à postura correta, consolidou um novo hábito e aumentou visivelmente minha capacidade de concentração durante o dia.
Suporte de aço sendo utilizado de maneira “invertida”. Apesar de não recomendado pelo fabricante, garante mais alguns centímetros de altura
Rafael Costa/TechTudo
4. Dicas para não errar na sua escolha
Minha jornada de erros me ensinou que a escolha do suporte ideal não é sobre encontrar o mais barato ou o mais caro, mas sim o que se encaixa perfeitamente na sua necessidade. Como minha rotina de trabalho é híbrida — às vezes em casa, às vezes em coworkings —, a portabilidade era um fator crucial. Por isso, o modelo de aço, leve e dobrável, se tornou a minha escolha definitiva. Ele cabe facilmente na mochila junto com o notebook, permitindo que eu tenha uma estação de trabalho ergonômica em qualquer lugar.
Com base no que aprendi, o que você deve avaliar é:
o material (aço ou alumínio para durabilidade; plástico apenas se for de alta resistência);
a ajustabilidade (modelos com múltiplos níveis de inclinação são superiores aos fixos);
a compatibilidade (verifique se ele suporta o tamanho e o peso do seu notebook);
e a real necessidade de coolers.
Se você tem um notebook gamer que esquenta muito, um modelo com ventoinhas potentes pode ser essencial. Se, como eu, você usa um notebook corporativo que não gera tanto calor, um suporte vazado que apenas facilita a ventilação natural já é o suficiente.
O suporte de aço contém “garras” de borracha que seguram o notebook na posição
Rafael Costa/TechTudo
5. Quem realmente precisa de um suporte (e de mais alguns extras)
Depois de toda essa jornada, minha opinião é que praticamente todo mundo que usa o notebook como ferramenta principal de trabalho ou estudo por longos períodos precisa de um suporte. No entanto, há um segredo que descobri e que é a peça-chave para tudo funcionar: o suporte, sozinho, não resolve o problema. Ele cria outro. Ao elevar a tela, o teclado e o touchpad do notebook se tornam fisicamente inutilizáveis. A verdadeira solução ergonômica está na “tríade indispensável”: suporte + teclado externo + mouse externo.
É a utilização conjunta desses três itens que “desmonta” o notebook e recria a ergonomia saudável de um desktop. Meu setup atual é um exemplo prático disso: o suporte de aço eleva a tela, e um teclado e mouse Bluetooth me dão total liberdade para posicionar minhas mãos da forma mais confortável, sem cabos para atrapalhar. Consigo levar todo esse kit em uma mochila e montar uma estação de trabalho perfeita em menos de um minuto. Para quem tem um local fixo, um suporte articulado pode ser ainda melhor, mas a necessidade dos periféricos externos continua sendo a mesma.
Minha nova estação de trabalho com a melhora do campo de visão
Rafael Costa/TechTudo
6. Três modelos que eu recomendo (do básico ao avançado)
Com base na minha experiência, separei três modelos que atendem a diferentes perfis e orçamentos, todos eficientes em suas propostas.
Suporte Básico de Aço
Este é o modelo que eu uso e confio, representando o melhor custo-benefício do mercado. Sua estrutura em aço cromado é extremamente resistente e durável, não sendo afetada pelo calor do notebook, além de ser leve e totalmente dobrável, o que o torna perfeito para transportar na mochila. Ele oferece múltiplos níveis de regulagem de altura e inclinação e ainda vem com um prático suporte de celular acoplado, que pode ser usado junto ou separadamente. É a prova de que não é preciso gastar muito para ter uma solução ergonômica de qualidade.
Disponível na Amazon por R$ 34,80, o modelo tem uma excelente avaliação de 4,6 de 5 estrelas. Não é muito indicado notebooks muito grandes ou pesados, pois podem exigir um modelo ainda mais robusto. Para a grande maioria dos notebooks de até 15,6 polegadas, é considerado a escolha ideal para quem busca uma solução prática e eficiente, que cumpre o que promete sem complicações.
Suporte Intermediário de Alumínio
Para quem busca um design mais premium e um ajuste de altura mais preciso, este modelo em formato de tripé de alumínio é uma excelente escolha. Ele é igualmente portátil, pois pode ser dobrado de forma compacta, mas sua estrutura oferece uma percepção de maior estabilidade e um acabamento mais sofisticado. O ajuste de altura e ângulo é livre, permitindo encontrar a posição perfeita para a sua linha de visão, e sua estrutura aberta garante uma excelente ventilação para o aparelho.
Vendido na Amazon por R$ 94, esse tipo de suporte possui uma ótima nota de 4,7 de 5 estrelas. O principal elogio é a grande capacidade de ajuste, sendo superior aos modelos básicos com níveis pré-definidos. A única ressalva é que, por ter uma base menor, pode não ser a melhor opção para notebooks gamers muito pesados, de 17 polegadas, que se beneficiariam de uma base mais larga.
Suporte Avançado Articulado
Para quem tem uma estação de trabalho fixa e busca o máximo de ergonomia e flexibilidade, o suporte articulado é a solução definitiva. Este modelo robusto, feito em liga de alumínio, permite um ajuste completo de altura, ângulo e profundidade, graças às suas hastes com travas de 360°. Ele vem com um mousepad acoplado e coolers de ventilação, transformando qualquer mesa em um posto de trabalho altamente ajustável. É a escolha ideal para quem passa o dia inteiro no mesmo local e precisa variar a postura, podendo até mesmo ser usado no sofá ou na cama com segurança.
Disponível no Mercado Livre por R$ 169, esse tipo de suporte é a opção mais completa para a ergonomia. Seu principal ponto positivo é a capacidade de ajuste total, que permite ao usuário encontrar a posição de trabalho perfeita para seu corpo. O ponto negativo, no entanto, é a sua total falta de portabilidade. Ele é um acessório pesado e complexo de montar e desmontar, sendo indicado exclusivamente para quem não precisa se deslocar com o equipamento. Para um home office dedicado, é o melhor investimento em saúde postural.
Com informações de Amazon e Mercado Livre
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