Entrada de capital estrangeiro na B3 pode ter maior saldo em dois anos
O ingresso de capital estrangeiro na B3 tende a terminar 2025 com a melhor marca em dois anos, de acordo com especialistas. Isso ocorre devido à perspectiva de novas quedas de juro pelo Federal Reserve (Fed) e de início de afrouxamento da Selic.
No mês passado, houve entrada de R$ 2,061 bilhões por parte de estrangeiros, com o acumulado do ano já positivo em R$ 27,347 bilhões. No ano passado, houve saída de capital externo de R$ 32,1 bilhões da B3, após aportes de R$ 44,8 bilhões em 2023.
Os principais motivos para essa entrada de capital estrangeiro incluem:
- A perspectiva de novas quedas de juro pelo Federal Reserve (Fed) e de início de afrouxamento da Selic;
- A arbitragem ainda ficará atrativa, o que tende a estimular a entrada de recursos num momento em que a Bolsa brasileira é vista como “barata”;
- A taxa Selic está em 15,00% ao ano, enquanto nos EUA o juro básico está na faixa de 3,75% a 4% ao ano – menor nível desde novembro de 2022.
No entanto, um dos principais focos de incerteza é a eleição de 2026, que pode afetar a entrada de capital estrangeiro. Além disso, a sazonalidade pode jogar contra este cenário, pois em dezembro costuma ter um movimento de saída em razão do fechamento do caixa das empresas, remessas externas, pagamento de bônus e dividendos.
De acordo com especialistas, o volume de ingresso externo está muito indexado aos juros altos no Brasil. Se o Fed cortar novamente o juro nos EUA, mais dinheiro deve migrar para o Brasil. No entanto, há dúvidas se esse fluxo vai se manter em 2026, por conta das eleições.
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