O acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia fez o dólar subir nesta segunda-feira ante todas as demais divisas ao redor do mundo, incluindo o real, com investidores no Brasil também dando preferência a posições defensivas na moeda norte-americana, a poucos dias do tarifaço de Donald Trump sobre os produtos brasileiros.
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Na avaliação do Bradesco BBI, crescem os temores diante da falta de acordo entre Brasil e Estados Unidos, especialmente depois que Donald Trump reafirmar que não irá adiar o prazo para a vigência de novas tarifas sobre produtos importados de outros países. Ainda assim, alguns senadores brasileiros tiveram uma primeira reunião de trabalho no sábado, em Washington, em busca de um acordo.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista fechou o dia com alta de 0,54%, aos R$ 5,5925, no maior valor desde 4 de junho, quando encerrou a R$ 5,645. No ano, porém, o dólar acumula baixa de 9,49%.
Às 17h06 na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,54%, aos R$5,5975.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,592
- Venda: R$ 5,592
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,60
- Venda: R$ 5,78
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O que aconteceu com dólar hoje?
O movimento fortalece o dólar globalmente e isola o Brasil, que enfrenta a possibilidade de um tarifaço de 50% a partir de sexta-feira, 1º de agosto, sem sinal ainda de acordo com Washington.
O Representante Comercial americano, Jamieson Greer, declarou que os Estados Unidos estão bem posicionados com os acordos econômicos atuais e que o país não se sente pressionado a firmar novos acordos comerciais. No radar está uma possível prorrogação de negociações dos EUA com a China.
Há expectativas também de que novas sanções dos EUA devem atingir autoridades do alto escalão do governo brasileiro nesta semana.
Técnicos do governo Lula elaboram um plano emergencial com mais de 30 medidas para mitigar impactos, incluindo crédito a setores afetados. Já o presidente Lula sanciona hoje o programa “Acredita Exportação”.
Entre as commodities, os sinais são difusos. O minério de ferro caiu 1,75% na China hoje, mas o petróleo ganhava mais de 1% nesta manhã.
Na agenda da semana, é esperada ainda a manutenção das taxas de juros pelo Copom e o Federal Reserve em reunião de política monetária que termina na quarta-feira (30). Tem também a disputa técnica em torno da Ptax do fim de julho, na quinta-feira, 31, que pode adicionar volatilidade aos negócios.
No boletim Focus, a projeção mediana suavizada do IPCA para os próximos 12 meses caiu de 4,49% para 4,44%.
O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 1,3 ponto em julho, a 92,7 pontos, após avançar 0,7 ponto em junho, informou a FGV. Com o resultado, a média móvel trimestral do índice recuou 0,3 ponto, sétima queda consecutiva.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) registrou alta de 0,91% em julho, uma desaceleração em comparação aos 0,96% de junho, conforme dados da Fundação Getulio Vargas. No acumulado do ano, o índice subiu 4,40% e 7,43% nos últimos 12 meses.
A Camex estabeleceu uma medida antidumping de cinco anos sobre tubos de aço inoxidável importados da Índia e de Taipé Chinês, conforme resolução publicada no Diário Oficial da União.
Além disso, o governo reduziu o Imposto de Importação de 2% para zero para autopeças sem fabricação nacional usada na produção de veículos novos, conforme resolução da Camex.
(Com Estadão e Reuters)
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