O dólar fechou a segunda-feira em baixa, acompanhando o recuo quase generalizado da moeda norte-americana no exterior, ainda que os investidores sigam atentos aos impactos das tarifas comerciais do governo Trump e à possibilidade de mais ações específicas contra o Brasil.
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O mercado também acompanhou nesta segunda-feira a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O ministro afirmou que o governo brasileiro trabalha com planos de contingência diante da ameaça de tarifas comerciais dos Estados Unidos, mas ressaltou que o objetivo não é retaliar, e sim evitar medidas que comprometam a economia brasileira. “Tem medida que é inócua, vai ferir mais a economia brasileira [do que ajudar]”, comentou.
Qual a cotação do dólar hoje?
A moeda norte-americana à vista fechou com queda de 0,40%, aos R$5,5651. No ano, a divisa acumula baixa de 9,94%.
Na B3, o dólar para agosto — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,25%, aos R$5,5790, às 17h03.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,565
- Venda: R$ 5,565
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,628
- Venda: R$ 5,808
O que aconteceu com dólar hoje?
Após abrir em alta, a divisa americana virou para baixa, influenciado pela valorização consistente do minério de ferro, pela desvalorização da moeda americana no exterior e pela atenção do mercado às declarações do ministro Fernando Haddad, além do alívio nas projeções de inflação da pesquisa Focus.
A mediana das projeções do Focus para o IPCA de 2026 caiu de 4 50% para 4,45%, ficando abaixo do teto da meta pela primeira vez desde março. A queda reflete a perspectiva de desaceleração da economia e possíveis efeitos desinflacionários das tarifas dos EUA.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a “unidade e o interesse nacional” diante da tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos brasileiros e afirmou que “é possível, sim, chegarmos em agosto sem resposta dos EUA”, em entrevista à Rádio CBN.
Na safra de balanços americana, a Verizon registrou lucro líquido de US$ 5,1 bilhões no 2º trimestre de 2025, alta de 8,9% em relação ao ano anterior. O lucro ajustado por ação foi de US$ 1,22, superando a estimativa de US$ 1,19.
Na Europa, a Stellantis, montadora europeia que reúne marcas como Fiat, Peugeot e Jeep, amargou prejuízo líquido de 2,3 bilhões de euros entre janeiro e junho sob impacto das tarifas dos EUA.
Em relação às tarifas, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que as negociações comerciais estão avançando, mas ressaltou que a qualidade dos acordos é mais importante do que o “momento certo”. “Não vamos nos apressar”, disse.
(Com Reuters e Estadão)
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