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Dívida e Retorno: como a alavancagem influenciou as ações do Ibovespa no 1º semestre

Cobertura de Balanços com uso de Inteligência Artificial

Com o objetivo de avaliar a relação entre alavancagem financeira e retorno das empresas do Ibovespa, o Bradesco BBI realizou um levantamento baseado em dados da Economática referente ao primeiro semestre de 2025.

Entre as 10 companhias menos alavancadas, apenas a WEG (WEGE3) apresentou desempenho negativo no período, enquanto o retorno médio do grupo situou-se próximo de 30%.

Nome Código Dívida Líquida/EBITDA Peso no Ibovespa Retorno (%)
Weg WEGE3 -0,3 2,64% -27,24%
Rede D’Or RDOR3 -0,3 2,01% 56,20%
Ambev ABEV3 -0,5 2,45% 7,36%
Totvs TOTS3 -0,3 1,06% 62,24%
Lojas Renner LREN3 -0,4 0,76% 37,86%
Allos ALOS3 -1,4 0,52% 40,34%
Porto Seguro PSSA3 -2,7 0,44% 45,28%
Caixa Seguridade CXSE3 -0,2 0,40% 6,14%
CSN Mineração CMIN3 -0,9 0,40% 5,49%
Bradespar BRAP4 -0,3 0,19% 5,67%

Em contrapartida, entre as 10 empresas mais endividadas, cinco registraram perdas expressivas, incluindo Braskem (BRKM5), Cosan (CSAN3), Raízen (RAIZ4), CSN (CSNA3) e Vamos (VAMO3), com queda média de 19%.

Nome Código Dívida Líquida/EBITDA Peso no Ibovespa Retorno (%)
Raízen RAIZ4 5,2 0,07% -40,74
Braskem BRKM5 10,1 0,11% -18,83
CSN CSNA3 3,8 0,26% -12,08
Vamos VAMO3 3,5 0,10% -11,16
Cosan CSAN3 7,7 0,34% -10,54
Auren AURE3 6,9 0,15% 23,77
Hypera HYPE3 6,0 0,33% 32,49
Energisa ENGI11 3,5 0,74% 46,67
Minerva BEEF3 3,6 0,12% 48,30
Motiva MOTV3 4,2 0,67% 50,51

Enquanto algumas empresas apresentam posição líquida de caixa, com recursos suficientes para honrar compromissos de curto, médio e longo prazo, outras operam com dívida líquida/EBITDA próxima de 5 vezes, o que indica a necessidade de cinco anos de resultados estáveis apenas para pagar credores.

O BBI ressalta que, apesar das diferenças, a situação não é crítica no mercado brasileiro. O índice médio de alavancagem das companhias listadas situa-se em cerca de 2 vezes dívida líquida/EBITDA, reflexo de um ciclo prolongado de desalavancagem, aliado a baixo crescimento e juros elevados.

Por fim, o BBI destaca que endividamento excessivo aumenta o risco financeiro e pode reduzir o valor das empresas, especialmente em períodos de crise, queda nas vendas ou aumento das taxas de juros.

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