Como é feita a previsão do tempo? Usa-se de tudo: satélites, balões e sensores

A previsão do tempo pode te salvar em vários momentos do dia a dia, e impacta desde o planejamento de eventos e viagens até grandes decisões no agronegócio, energia e infraestrutura. Não é exagero dizer, inclusive, que previsões climáticas salvam o mundo. Mas você já se perguntou como é possível saber se vai chover ou não? A resposta envolve uma combinação complexa de tecnologia, ciência e profissionais altamente qualificados. Confira como é feita a previsão do tempo.

Satélites meteorológicos

Satélites são ferramentas essenciais na observação da Terra. Eles orbitam o planeta e fornecem imagens e dados em tempo real sobre nuvens, tempestades, temperatura da superfície e umidade. Esses equipamentos permitem monitorar áreas remotas e oceânicas, onde não há estações meteorológicas instaladas.

Existem dois tipos principais de satélites usados na meteorologia: os geoestacionários, que ficam parados sobre o mesmo ponto da Terra e fornecem imagens contínuas, e os de órbita polar, que dão uma cobertura global ao passarem por diferentes pontos do planeta ao longo do dia.


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

Satélite meteorológico GOES 8, usado para previsão do tempo (Imagem: NOAA/Wikimedia Commons

Balões meteorológicos

Outra ferramenta essencial: balões meteorológicos, também chamados de radiossondas. Eles são lançados duas vezes por dia em diversos pontos do mundo e sobem até mais de 30 km de altitude. Durante esse percurso, enviam dados sobre temperatura, pressão, umidade e velocidade do vento em diferentes camadas da atmosfera.

Essas informações verticais são fundamentais para alimentar os modelos numéricos e ajudam a entender como a atmosfera está se comportando em altura, algo que não pode ser observado a partir da superfície.

Radares meteorológicos

Radares meteorológicos utilizam ondas de rádio para detectar a presença e intensidade de precipitação. Eles são capazes de identificar tempestades em formação, mapear áreas de chuva intensa e até indicar a possibilidade de granizo ou tornados.

Esses dados são importantes especialmente para previsões de curto prazo, conhecidas como nowcasting, e são cruciais para alertas de eventos extremos em tempo real.

Radar meteorológico (Imagem: Hjart/Wikimedia Commons)

Estações meteorológicas

Espalhadas por todo o planeta, as estações meteorológicas coletam dados contínuos sobre o clima local: temperatura, pressão atmosférica, velocidade do vento, umidade, índice UV e mais. Esses sensores automatizados alimentam bancos de dados que, além de auxiliar as previsões, ajudam a criar históricos climáticos para análise de tendências e mudanças ao longo dos anos.

Modelos numéricos

Todos os dados coletados pelas diferentes fontes são reunidos e processados em poderosos supercomputadores, que executam os chamados modelos numéricos. Esses programas simulam, com base em leis da física e equações matemáticas, como a atmosfera deve se comportar nos próximos dias.

Modelos como GFS, ECMWF e ICON são alguns dos mais utilizados mundialmente. Cada um gera múltiplas simulações para estimar diferentes cenários, e cabe ao meteorologista interpretar essas variações e oferecer uma previsão clara e confiável.

Então como é feita a previsão do tempo: a partir dessa união de técnicas. É o resultado de uma enorme quantidade de dados analisados com tecnologia de ponta e expertise humana. Embora não seja uma ciência exata, é uma estimativa cada vez mais precisa.

VÍDEO | É POSSÍVEL SENTIR O CHEIRO DA CHUVA ANTES MESMO QUE ELA CHEGUE?

Leia a matéria no Canaltech.