Como a paixão e a disciplina transformaram um militar em um assessor de sucesso

Quando criança, Vitor Capelli sentia um fascínio incomum por finanças, desde a primeira vez que passou a guardar moedas no cofrinho. Hoje, assessor de investimentos da Valor Investimentos, tem a sensação de ter “voltado para casa” depois de muito tempo fora. Anos como advogado e militar não mudaram sua paixão natural; apenas refinaram e moldaram o desejo já existente.

Ele relembra que, aos 12 anos, tentou abrir uma conta bancária sozinho — não conseguiu de imediato, mas logo deu um jeito. Ao ter sua própria conta poupança, que rendia aos pouquinhos, a sensação era de liberdade. Desde então, nunca mais se afastou do mundo das finanças, correndo atrás de todo tipo de conhecimento relacionado ao assunto.

Com o tempo, esse conhecimento se transformou em influência em todo o círculo social de Capelli. Amigos, família e até colegas de trabalho vinham até ele para entender como se planejar financeiramente. Por isso, sua função está longe de ser nova. “Já era uma demanda natural. Eles vinham até mim para falar de finanças”, disse.

Raízes

O interesse por finanças sempre esteve presente, mas veio acompanhado de uma forte vocação para o serviço público. Na época de entrar na faculdade, Capelli não se via em bancos – já que, naquele período, essa era a carreira mais conhecida para quem se interessava por administração financeira.

“[Na época] nem existia isso de virar um assessor, era só o gerente de banco tradicional”, relembra. Ele decidiu se tornar advogado, especializando-se em Direito Tributário, área que lhe permitia unir o raciocínio jurídico ao interesse por finanças.

A escolha se provou certeira: logo passou em concursos públicos e iniciou carreira como advogado da Aeronáutica, função que conciliava com estudos avançados nas áreas fiscal e sucessória.

O conhecimento acadêmico também foi altamente desenvolvido ao longo de sua trajetória, resultando em três graduações: Direito (Universidade Federal do Espírito Santo), Ciência Política (Universidade de Brasília) e Ciências Policiais (Departamento de Educação e Cultura da Polícia Militar do Distrito Federal).

Capelli explica que todo esse acúmulo acadêmico, assim como seu conhecimento financeiro, se resume à liberdade. “Sempre busquei alinhar o técnico com o prático. A liberdade financeira, para mim, é uma forma concreta de dignidade humana. Ter o mínimo de autonomia sobre o dinheiro muda tudo”, afirma.

Ao todo, como advogado na Aeronáutica e, posteriormente, na Polícia Militar do Distrito Federal, serviu por 11 anos. Em momento algum deixou de se aprofundar na independência financeira. A vida militar consolidou nele valores como organização, constância e visão estratégica.

Transição

Capelli é natural do Espírito Santo. Trabalhar como servidor público no DF o deixava longe da família e, além de querer ter mais liberdade geográfica, ele sabia que precisava seguir o sonho de trabalhar com finanças.

Quando teve a oportunidade de participar do programa de trainee da XP Investimentos, não deixou passar: destacou-se durante o curso e acabou ganhando uma bolsa de R$ 10 mil, prêmio que o fez olhar para a assessoria de forma definitiva.

“A transição foi quase natural depois, já que eu atuava no dia a dia como assessor informal. Faltava dar o passo oficial”, disse. “Eu me sinto muito abençoado por ter ido por esse caminho”.

Fundamentos

Na Valor, Capelli começou a atuar com Wealth Management, com foco em investimentos internacionais, que já estava parcialmente conectado com sua área de expertise no Direito. A companhia lhe deu tudo o que precisava: uma conexão entre todas as áreas fundamentais de sua vida.

O assessor explica que sente que toda sua bagagem pode ser resumida, de certa forma, em um tripé. Primeiro, a área acadêmica, que traz o repertório técnico – com doutorado em andamento, um mestrado e múltiplas especializações – e dá base para tratar com profundidade temas como planejamento tributário e sucessório, nacional e internacional.

A segunda área é sua própria experiência internacional. Ele morou em países como Estados Unidos, Portugal e Itália, locais onde possui amigos (que também são clientes) e onde ampliou sua visão de mundo, fortalecendo conexões com brasileiros no exterior.

Por fim, a disciplina militar, com a formação que o ajudou a desenvolver ferramentas para manter rotina, foco e clareza na hora de tomar decisões, assim como para orientar outras pessoas a fazerem o mesmo. “Eu me sentia muito subaproveitado. Hoje sinto que consigo aproveitar todas as experiências que tenho”, destacou.

Hoje, além da bagagem técnica e do olhar geopolítico, leva para a rotina a organização da vida militar e a clareza na comunicação. “O militar é um planejador por natureza. A gente aprende a pensar em cenários, em longo prazo, em contingências. Isso casa perfeitamente com o que o cliente espera de um assessor de verdade”, concluiu.

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