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Cometa interestelar 3I/ATLAS pode estar ficando VERDE NEON, mostram novas fotos

O cometa interestelar 3I/ATLAS surpreendeu astrônomos e entusiastas do céu ao apresentar um possível tom verde neon em registros recentes. As imagens foram feitas durante o eclipse lunar total deste mês de setembro e levantam hipóteses sobre mudanças químicas em sua composição à medida que ele se aproxima do Sol.

Detectado em julho, o 3I/ATLAS tem cerca de 11 quilômetros de diâmetro e viaja a mais de 210 mil km/h. Diferente dos cometas comuns, sua origem não está em nossa vizinhança: os cálculos indicam que ele foi expulso de outro sistema estelar e está apenas de passagem única pela região. Isso o torna o terceiro objeto interestelar confirmado a cruzar nosso Sistema Solar, depois de 1I/‘Oumuamua (2017) e 2I/Borisov (2019).

As fotos feitas pelos astrofotógrafos Michael Jäger e Gerald Rhemann revelaram um brilho verde incomum na coma do cometa. Em casos anteriores, essa coloração costuma estar associada à presença de dicarbono (C₂), molécula que emite luz esverdeada quando excitada pela radiação solar. Outro candidato é o cianeto, que já foi detectado no 3I/ATLAS em observações recentes. Ambas substâncias podem estar sendo liberadas agora, conforme o gelo do núcleo se aquece e libera gases aprisionados há bilhões de anos.


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Cometa interestelar 3I/ATLAS (Imagem: M. Jäger/Gerlad Rhemann)

O cometa deve se aproximar de Marte em breve e alcançar o ponto mais próximo do Sol em 29 de outubro. Nesse período, a atividade em sua superfície deve aumentar, formando uma cauda ainda mais visível.

Entretanto, ele ficará oculto por algumas semanas ao passar pelo lado oposto do Sol em relação à Terra, retornando à observação apenas em dezembro, quando estará a uma distância segura, cerca de 700 vezes maior que a da Lua.

Se confirmado, o brilho verde neon do 3I/ATLAS pode ajudar cientistas a entender a química de cometas que nasceram em outros sistemas planetários, revelando pistas sobre a diversidade de materiais na galáxia. Até lá, novas imagens e análises espectroscópicas serão fundamentais para confirmar se o cometa é, de fato, um novo “cometa verde” em nossa memória astronômica.

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