CLÁSSICOS VOLTAM ÀS PARADAS BRITÂNICAS

Os clássicos “Sultans of Swing”, da banda Dire Straits, e “The Chain”, do icônico Fleetwood Mac, voltaram a figurar na Official Singles Chart do Reino Unido, décadas após seus lançamentos originais.

Esse fenômeno de resgate musical — impulsionado por algoritmos de recomendação, redes sociais, trilhas sonoras e playlists nostálgicas — reforça mais do que uma tendência: consolida um segmento já estabelecido — a presença de músicas clássicas nas paradas contemporâneas.

“Sultans of Swing”: O clássico dos Dire Straits que voltou com estilo

Lançada originalmente em 1978, “Sultans of Swing” foi o primeiro single oficial do Dire Straits e rapidamente impulsionou a banda londrina ao estrelato. A canção alcançou o 8º lugar nas paradas britânicas e se tornou tão emblemática que mais tarde batizou a coletânea Sultans of Swing: The Very Best of Dire Straits (1998).

Quase quatro décadas depois, em abril de 2025, a faixa voltou à Official Singles Chart pela primeira vez em 36 anos — um feito notável para uma música que já parecia eternizada apenas no imaginário de quem viveu sua estreia. O ressurgimento foi impulsionado por um aumento no streaming e buscas orgânicas, resultado da popularidade contínua de Mark Knopfler, guitarrista e vocalista da banda, e pelo recente uso da música em vídeos virais e comerciais que atingiram novas gerações.

Assista abaixo ao vide oficial da canção

No clipe, gravado em formato de performance, vemos a banda em estúdio, sem efeitos grandiosos — o que reflete a proposta crua e sofisticada do som do Dire Straits: simples na forma, brilhante na execução. Knopfler domina o vídeo com sua presença serena e seu fraseado de guitarra elegante, enquanto a letra — inspirada em um pequeno grupo de músicos amadores tocando jazz em um pub quase vazio — transforma a cena cotidiana em poesia urbana.

 

Oembed content:https://youtu.be/h0ffIJ7ZO4U?si=6qll04782BWRXXZx

 

“The Chain”: um clássico improvável que se renova a conquista gerações

Outro exemplo de longevidade musical é “The Chain”, do álbum Rumours (1977), do Fleetwood Mac. Embora nunca tenha sido lançada como single na época, a música carrega uma peculiaridade: é a única do disco a ter créditos de composição divididos entre os cinco integrantes — Stevie Nicks, Lindsey Buckingham, Christine McVie, John McVie e Mick Fleetwood.

Ao longo dos anos, “The Chain” foi ganhando tração graças à sua inclusão em trilhas sonoras marcantes, como a da cobertura da Fórmula 1 britânica, onde se tornou praticamente um tema oficial entre 1978 e 1997 — e voltou a ser usada entre 2009 e 2015. Além disso, a música tem figurado com destaque em séries, comerciais e filmes de grande alcance, reforçando sua carga emocional e estética poderosa.

Mais recentemente, a faixa voltou aos holofotes com a sua inclusão no trailer oficial de F1, aguardado longa-metragem estrelado por Brad Pitt, que mistura ficção e realidade no universo das corridas automobilísticas. A escolha da música para embalar o trailer reforça o vínculo simbólico entre velocidade, tensão e intensidade emocional, elementos centrais tanto na canção quanto no tema do filme.

Com esse impulso renovado, “The Chain” entrou pela primeira vez na Official Singles Chart em 2009 e reapareceu em 2011, 2013, 2017 e, agora novamente, em junho de 2025, após oito anos de ausência, reafirmando seu status como um dos hinos mais duradouros do rock contemporâneo.

O retorno também se deve, em grande parte, ao crescimento de playlists temáticas, documentários sobre a banda, e à constante redescoberta do álbum Rumours, considerado uma das maiores obras da história da música popular.

Assista a seguir ao vídeo oficial remasterizado de “The Chain”, gravado ao vivo em maio de 1997 nos estúdios da Warner Bros., em Burbank, Califórnia. O registro em HD oferece uma experiência imersiva, revelando a energia contagiante e a sintonia impecável da formação clássica do Fleetwood Mac — com Stevie Nicks, Lindsey Buckingham, Christine McVie, John McVie e Mick Fleetwood. Um momento imperdível da história do rock.

 

Oembed content:https://youtu.be/kBYHwH1Vb-c?si=UwpdCwc5Reegd4C1

 

Evanescence: uma versão dramática no mundo dos games

Em novembro de 2019, a banda Evanescence lançou uma releitura intensa e “mórbida” de “The Chain” para promover o game Gears 5, pelo selo BMG. A vocalista Amy Lee descreveu querer transmitir “o poder de enfrentar grandes forças que tentam nos separar” — emoção levada até o ápice da faixa, com arranjos orquestrais e peso metálico. O cover alcançou destaque nas paradas de rock digital e na Hot Rock & Alternative Songs nos EUA. Assista abaixo:

 

Oembed content:https://youtu.be/M2kgcpZX42w?si=DRa7mway-yVBP9qJ

 

Harry Styles: de ídolo pop a ponte entre gerações

O ex-Ídolo do One Direction fez um cover impactante de “The Chain” no BBC Radio 1 Live Lounge em 2017. A versão foi elogiada por fãs de Fleetwood Mac, ao mostrar uma nova leitura, com emoção contida e respeito à estética original. Styles também dividiu o palco com os veteranos no tributo ao Fleetwood Mac no Radio City Music Hall, reforçando a continuidade intergeracional da canção. Assista abaixo:

 

Oembed content:https://youtu.be/eM_FR7I2Ttw?si=sVsCpzK3hjN6Xcr0

 

A presença em séries e trilhas sonoras

Além dos covers, “The Chain” tornou-se símbolo de produção audiovisual. O trecho instrumental marcante é tema do Fórmula 1 da BBC desde 1978, retorno em 2009–2015. Em 2025, reapareceu em trailer do filme F1. Também entrou em séries como Our Flag Means Death (01ª temporada, episódio “We Gull Way Back”) e na trilha de filmes como I, Tonya.

Por que clássicos voltam às paradas?

O retorno de músicas antigas às paradas contemporâneas pode parecer, à primeira vista, um fenômeno isolado. Mas os dados apontam uma mudança estrutural no comportamento do ouvinte digital. Entre os principais fatores:

  • Algoritmos de plataformas de streaming, como Spotify e Apple Music, que recomendam clássicos com base em gostos pessoais e contextos culturais;
  • Revivais em redes sociais como TikTok e Instagram, onde trechos icônicos ganham nova vida como trilha para vídeos virais;
  • Uso em comerciais, filmes e séries de alcance global, que reintroduzem canções a públicos mais jovens;
  • Cultura de colecionismo e redescoberta de vinis, que reacende o interesse por álbuns inteiros e não apenas faixas isoladas;
  • Conexão emocional atemporal: letras marcantes, arranjos autênticos e vozes inconfundíveis geram identificação independentemente da geração.

Uma nova geração descobre o som de outro tempo

A reentrada de faixas como “Sultans of Swing” e “The Chain” nas paradas em pleno 2025 não é apenas uma curiosidade estatística. Ela sinaliza que, apesar das mudanças tecnológicas e culturais, há algo essencial nas músicas feitas com alma, identidade e propósito — algo que continua ecoando por décadas.

Para as gerações que as conheceram agora, esses clássicos soam como descobertas novas. Para quem viveu a era original, trata-se de um reencontro afetivo. Em ambos os casos, o que se destaca é a permanência de canções que não apenas resistem ao tempo — elas o atravessam.

Clássicos que não envelhecem — e nem saem do ar

E quando o assunto são clássicos, é claro que a Antena 1 é a maior autoridade no assunto. Nossa programação reúne o que há de melhor na música internacional de ontem e de hoje — e prova, todos os dias, que boas canções não envelhecem, evoluem.

Sintonize no dial da sua cidade ou acesse de qualquer dispositivo para ouvir os grandes nomes que atravessam gerações, como Fleetwood Mac, Dire Straits, Phil Collins, Tina Turner, Elton John e muitos outros.

Descubra por que esses e tantos outros clássicos nunca saem de moda — e por que a Antena 1 segue sendo a trilha sonora perfeita para quem valoriza qualidade, memória e emoção em forma de música.